Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia decidiram esta terça-feira reforçar a cooperação entre os países nórdicos para expulsão de migrantes que se encontrem em situação irregular nos seus territórios, anunciou o Ministério das Migrações dinamarquês.

É do interesse comum dos países nórdicos que “os estrangeiros sem autorização de residência sejam mandados para casa”, afirmou o ministro da Migração da Dinamarca, Kaare Dybvad Bek. “Devemos evitar que viajem pelos nossos países e saiam do radar das autoridades”, acrescentou.

No final de uma reunião de dois dias, os ministros dos países nórdicos decidiram adotar três medidas para facilitar a expulsão de migrantes para o seu país de origem, informou o ministério no seu site.

Os representantes destes países encarregados de desenvolver as expulsões reunir-se-ão regularmente para “fortalecerem, em conjunto, a cooperação com países terceiros para facilitar o regresso [dos migrantes em situação irregular] aos seus países e fornecerem apoio à reintegração”, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em segundo lugar, os países nórdicos decidiram organizar “voos conjuntos da Frontex“, a guarda costeira da União Europeia, para transportar migrantes irregulares da região para os seus países de origem.

Finalmente, os ministros dinamarquês, sueco, norueguês, finlandês e islandês decidiram, “em conjunto, ajudar os migrantes irregulares no Norte de África”, oferecendo-lhes “o repatriamento voluntário para o seu país de origem, bem como ajuda na reinstalação”, sublinha o ministério dinamarquês.

Embora à frente de um partido social-democrata de centro-esquerda, a primeira-ministra da Dinamarca, MetteFrederiksen, defendeu o objetivo de “zero refugiados” no país escandinavo desde que chegou ao poder, em 2019. O país defende uma política mais dura em relação aos migrantes nos países nórdicos e aumentou as iniciativas destinadas a desencorajar a imigração, dificultando, por exemplo, a aquisição da nacionalidade dinamarquesa.

A Dinamarca, que está a aumentar as iniciativas para desencorajar a entrada de migrantes e a obtenção da nacionalidade dinamarquesa, foi, em 2020, o primeiro país da Europa a retirar as suas autorizações de residência aos refugiados sírios da região de Damasco, alegando que a situação na região tinha passado a ser “suficientemente segura”.