Pelo menos 4.300 pessoas foram sequestradas nos últimos três meses na África do Sul, anunciou, esta sexta-feira, o Governo sul-africano.
De acordo com os dados estatísticos relativos aos meses de junho, julho e setembro de 2023, divulgados pelo ministro da Polícia, Bheki Cele, o número de casos de sequestro registou um agravamento de 6,8% (272 casos) comparativamente ao período homólogo no ano passado, aumentando de 4.028 para 4.300 casos de rapto este ano.
A maioria dos incidentes de sequestro ocorreu nas províncias de Gauteng (2.194 casos), onde se situam as cidades de Joanesburgo e Pretória, a capital do país, KwaZulu-Natal (860), Cabo Oriental (250), Estado Livre (166), Noroeste (210), Cabo do Norte (44) e Mpumalanga (244).
As províncias sul-africanas de Limpopo (109 casos) e Cabo Ocidental (223 casos), onde se situa a Cidade do Cabo, registaram um decréscimo no número de raptos na ordem de 12,1% (menos 15) e 10,1% (menos 25), respetivamente.
Num relatório a que a Lusa teve acesso, a polícia sul-africana (SAPS) indicou que os sequestros por resgate financeiro aumentaram de 77 para 136 casos comparativamente a período homólogo no ano passado.
O ministro da Polícia sul-africano anunciou ainda que 6.945 pessoas foram assassinadas no último trimestre na África do Sul, país vizinho de Moçambique, apesar de uma diminuição de 0,8% na taxa de homicídios no país, decrescendo de 7.004 casos em 2022 para 6.945 casos entre julho e setembro deste ano.
“Das pessoas assassinadas durante o período em análise, 881 eram mulheres e 293 eram crianças”, referiu Bheki Cele, acrescentando que “35 agentes da polícia foram mortos em serviço e fora de serviço, entre julho e setembro de 2023”.
Mais de 226.000 pessoas foram presas nos últimos três meses na África do Sul, “incluindo alguns dos criminosos mais procurados e perigosos”, sublinhou o governante sul-africano.