Moonbin, Cha in Ha, Goo Hara e Kim Jong-hyun. Todos coreanos e todos morreram de forma súbita. Há muito que o desaparecimento repentino de estrelas da indústria K-Pop tem causado estranheza. E agora há mais um nome a somar à lista.
Na semana passada, a discográfica sul-coreana Mun Hwa fez uma publicação a lamentar a morte de uma das suas agenciadas, com apenas 24 anos. “A cantora e compositora Nahee deixou esta terra e tornou-se uma estrela no céu”, escreveu a empresa, citado pelo E! News.
“Lamentamos dar esta notícia repentina a todos os fãs que apoiaram e amaram a Nahee”, pode ainda ler-se no comunicado acerca da artista K-Pop que se estreou nos palcos em 2019, após o lançamento do single Blue City.
Até à sua morte, que terá ocorrido entre 8 e 10 de novembro — há várias versões nos meios de comunicação social–, Nahee lançou 15 temas originais, como os êxitos I’m Homeless, City Drive, Love Note! e Rose, publicada em julho. Agora, deixa um legado na indústria K-Pop e uma partida súbita por explicar.
Ao contrário dos restantes cantores e artistas que morreram nos últimos anos, não foram avançados quaisquer pormenores sobre a morte da jovem de 24 anos. Enquanto que foi divulgado que Cha In Ha, de 27 anos, e Goo Hara, de 28, foram encontrados em casa e que Kim Jong-hyun, de 27, também estava inconsciente num quarto de hotel, as circunstâncias em que Nahee morreu ainda permanecem desconhecidas.
Passada uma semana do funeral, que ocorreu em Pyeongtaek, também não foram reveladas as causas da morte, tendo apenas sido referido que a cantora não sofria de nenhum problema de saúde sério que fosse conhecido do público. Por isso, a dúvida permanece se os motivos foram os mesmos que tiraram a vida a oito outros artistas — tendo três acontecido este ano — nos últimos seis anos.
Com a Coreia do Sul a registar a maior taxa de suicídio da OCDE, tendo, em 2021, sido a causa de morte de 26 em cada 100 mil pessoas — sendo também a principal nos indivíduos entre os 10 e os 39 anos —, a pressão e o escrutínio de que as estrelas K-Pop são alvo têm sido a principal suspeita. Aliás, as últimas tragédias comprovam-no.
Sucesso, depressão e suicídios. O encanto e o lado negro da indústria K-Pop
Moonbin, que foi encontrado morto em abril deste ano, já tinha avisado os fãs de que andava “realmente a sentir-se muito mal”. Já Goo Hara despediu-se com um “Boa noite”, escrito numa publicação de Instagram, tendo sido encontrada horas depois. A sua amiga íntima Sulli, que morreu um mês antes, terá optado pela mesma forma. E, dois anos antes, Kim Jong-hyun, da banda SHINee, deixou uma nota de suicídio, onde confessou ter sido consumido pela depressão.
Moonbin, membro do grupo de K-Pop Astro, encontrado morto em casa. Tinha 25 anos
Os fãs de Nahee lamentaram a sua partida, tendo vários desejado que “descansasse em paz”, na sua última publicação de Instagram.