O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quinta-feira uma queda de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior, um cálculo que ficou em linha com a primeira estimativa divulgada no final de outubro. O crescimento económico anual desacelerou para 1,9%, em termos homólogos, depois de no trimestre anterior o crescimento homólogo ter sido de 2,6%.

A quebra nas exportações é a principal explicação para a variação negativa do PIB no trimestre. “O contributo positivo da procura externa líquida [em termos simples, as exportações] para a variação homóloga do PIB diminuiu significativamente no 3º trimestre, passando de 1,7 pontos percentuais no trimestre anterior para 0,2 pontos percentuais”, diz o INE, acrescentando que houve uma “acentuada desaceleração das Exportações de Bens e Serviços em volume“, ou seja, tanto nas exportações de produtos como no turismo.

Aliás, na evolução em cadeia a contribuição das exportações foi negativa. “O contributo da procura externa líquida para a taxa de variação em cadeia do PIB, passou a negativo (-1,3 p.p.), após ter sido positivo no 2º trimestre (0,5 p.p.), refletindo a redução das exportações, tanto de bens como de serviços, incluindo o turismo“, afirma o INE.

Por outro lado, a procura interna evitou uma quebra maior da economia no terceiro trimestre, com um contributo (positivo) de um ponto percentual que contrasta com o peso (negativo) de -0,4 pontos percentuais no segundo trimestre. Houve “crescimentos do consumo privado e do investimento, após as variações em cadeia negativas registadas no trimestre anterior”, destaca o INE.

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