O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro considerou esta quinta-feira que os portugueses estão a reforçar a confiança na sua candidatura, arrecadando “mais votos ao grande centro político e social” e agora também mais à esquerda.

“Esta quinta-feira mesmo acaba de sair mais uma sondagem que mostra que o nosso projeto continua a ser aquele que vai buscar mais votos ao grande centro político e social, como agora também somos aquele que vai buscar mais votos à esquerda: ao PCP e ao Bloco de Esquerda”, alegou.

À entrada para um encontro com militantes, que decorreu esta noite na cidade de Coimbra, o candidato à liderança do PS fez questão de deixar um agradecimento aos portugueses que, “a cada dia que passa, reforçam a confiança” no seu projeto.

No seu entender, este é “um sinal de grande confiança”, que exige grande responsabilidade para com todos os que têm “tanta esperança” na sua candidatura.

“É uma responsabilidade acrescida para a nossa candidatura, porque temos que ter a consciência hoje de que, quando estamos a apresentar propostas para o Partido Socialista, elas serão também propostas para servir Portugal e para servir o nosso país”, evidenciou.

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Sobre as declarações do presidente do PS, Carlos César, que manifestou apoio à candidatura de Pedro Nuno Santos e o considerou “um líder distintivo e não um apêndice”, José Luís Carneiro disse apenas aos jornalistas que as vê “com todo o respeito que merece o presidente do partido”.

“É um militante e um camarada por quem tenho estima, por quem tenho em consideração”, acrescentou.

Pouco depois, o candidato a líder do PS apresentou a sua moção, durante aproximadamente 40 minutos, aos cerca de 250 militantes que encheram o auditório da Escola Superior de Educação de Coimbra.

José Luís Carneiro disponível para disputar liderança do PS

Entre os militantes estiveram a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro; e o antigo presidente da Câmara Municipal de Coimbra Manuel Machado, que ouviram José Luís Carneiro a apelar à mobilização que “deve ir até 15 e 16 de dezembro”.

“Sei bem que houve quem procurasse apresentar os apoios por atacado. Esta candidatura não tem apoios por atacado: cada militante é uma voz e uma vontade livre que se pronunciará na hora de voto”, referiu.

A fechar a sua intervenção, deixou uma pergunta que gostaria que os seus camaradas fizessem.

“Se os cidadãos lá fora nos transmitem que querem esta candidatura para servir o país, porque razão é que o PS tem de voltar as costas aos cidadãos que querem continuar a caminhar connosco para servir Portugal?”, concluiu.

As eleições diretas do PS decorrem nos dias 15 e 16 de dezembro.

Além de José Luís Carneiro, está também na corrida à liderança do PS o ex-ministro das Infraestruturas e Habitação Pedro Nuno Santos, bem como Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.