A sociedade britânica abanou quando a empresa responsável pela produção dos London Black Cabs, a London Taxi Company (LTC), foi adquirida pela chinesa Geely. Mas do susto inicial os britânicos evoluíram para um certo orgulho, uma vez que, sob a égide da Geely, não só surgiu um novo modelo – mantendo as linhas do original, mas tornando-o mais moderno e actual -, como este novo modelo passou a ser eléctrico.
A regulamentação imposta pelo Reino Unido e, sobretudo, pela capital Londres, associada a um menor custo de utilização, tem levado à crescente adopção da mais recente versão do táxi eléctrico TX, fabricado pela London EV Company (LEVC), a nova denominação da LTC desde que abraçou os motores eléctricos. Isto explica que a Transport for London, a empresa que coordena os transportes públicos londrinos, tenha anunciado que metade dos 15.000 táxis que operam na capital são já eléctricos alimentados por bateria.
De recordar que, para que os TX sejam interessantes em matéria de autonomia, montam uma bateria com capacidade anormalmente reduzida, com somente 31 kWh e que não garante mais do que 130 km entre recargas, recorrendo ainda a um pequeno motor 1.5 a gasolina destinado a recarregar a bateria, assegurando desta forma uma autonomia total de 607 km, se somarmos a energia da bateria à gasolina contida no depósito. Apesar desta dualidade de soluções para incrementar a versatilidade, os custos serão menores se os taxistas recarregarem a bateria após cada viagem ou sempre que possível.
Além de cobrar uma taxa de 12,5 libras a cada veículo que não tenha emissões reduzidas ou nulas que pretenda circular no centro de Londres, o que contribuiu para melhorar a qualidade do ar que se respira, a capital britânica está igualmente apostada em assegurar ganhos mais palpáveis através da diminuição das emissões dos veículos públicos, com a aposta nos táxis eléctricos a ser evidente, mas com os autocarros a não ficarem atrás, uma vez que 56% são eléctricos a bateria, eléctricos a fuel cell ou híbridos.