“Sob proposta unânime da Comissão de Defesa Nacional, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar pela morte do general Luís Araújo, dirigindo as devidas condolências à sua família e amigos, à Força Aérea Portuguesa e às Forças Armadas”, refere o voto, que mereceu igualmente a unanimidade em plenária.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, assinalou a presença nas galerias de familiares e dos representantes quer do CEMGFA, tenente-general Rui Freitas, quer do Chefe do Estado Maior da Força Aérea, general António Nascimento, endereçando também as suas condolências pessoais à família e às Forças Armadas.

No texto, destaca-se que Luís Araújo “manteve sempre com a Assembleia da República uma relação de total disponibilidade, lealdade e impecável cooperação institucional”

“A personalidade forte, vibrante, exigente e sempre leal deixa saudades a todos os que privaram com o general Luís Araújo”, acrescenta o voto.

Luís Evangelista Esteves de Araújo nasceu no Porto em 25 de fevereiro de 1949 e ocupou as mais altas funções militares, tendo sido Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (2006-2011) e Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (2011-2014).

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Ingressou em 1966 na Academia Militar, no curso de Aeronáutica, que conclui com distinção, em 1970, na especialidade de Piloto-Aviador.

Em 1972, segue para Moçambique, onde a sua ação militar justificou que lhe fosse outorgada a Cruz de Guerra de 2.ª Classe.

Foi o último Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas a servir na Guerra Colonial.

No verão quente de 1975, “Luís Araújo teve ação relevante durante o cerco à Assembleia Constituinte, quando a 12 de novembro pilotou o helicóptero que aterrou em S. Bento para entregar comida aos deputados cercados e resgatar o Presidente da Assembleia Constituinte, professor Henrique de Barros”, recorda o voto.

Na NATO, cumpriu missões no Supreme Allied Command, em Norfolk, e no Supreme Headquarters Allied Command, em Mons.

Em 1994, foi 2.º Comandante da Base Aérea n.º 4, nas Lajes, e, em 1997, comandou a Base Aérea n.º 6, no Montijo.

Em 1996, foi assessor militar do Presidente da República Jorge Sampaio.

Em 1998, durante a crise político-militar da Guiné-Bissau, comandou a Força Conjunta de Proteção e Recolha de Cidadãos Nacionais naquela República.

Em 2004, dirige o Instituto de Altos Estudos da Força Aérea e, em 2005, é empossado Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional no Ministério da Defesa Nacional.

A 18 de dezembro de 2006, é promovido a General tomando posse como Chefe do Estado-Maior da Força Aérea e, em 7 de fevereiro de 2011, como Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

Entre as condecorações nacionais e estrangeiras impostas ao General Luís Araújo, destacam-se a Cruz de Guerra de 2.ª Classe, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis e a comenda da Legião de Honra da República Francesa.

Presentemente, servia a República como membro do Conselho das Antigas Ordens Militares Portuguesas.