Um refém israelo-americano de 73 anos morreu em cativeiro, disse em comunicado a Missing Persons Families Forum. Era um antigo chefe de cozinha e músico com fortes ligações a Nova Iorque, onde tem família que nos últimos meses vinha pedindo a sua libertação.
Gadi Haggai foi raptado pelo Hamas no kibbutz Nir Oz, durante o ataque de 7 de outubro. Estava a dar um passeio a pé com a mulher, durante a manhã, e foi baleado, o que o deixou “gravemente ferido”. Alguns relatos, porém, apontam para que possa mesmo ter morrido logo no dia 7 de outubro e o corpo ter sido levado pelo Hamas.
A mulher também foi levada e continua como refém do Hamas, na Faixa de Gaza. Chama-se Judy Weinstein, é canadiana, e tem 70 anos. Os dois têm quatro filhos adultos.
O homem que morreu era músico, flautista, e tocou na orquestra das Forças de Defesa de Israel (IDF). “Gadi era um homem com um excelente sentido de humor que sabia fazer rir todos aqueles que estavam à sua volta”, pode ler-se no comunicado.
Quando estavam a fazer a caminhada matinal, a 7 de outubro, enviaram mensagens a familiares dizendo que estavam a ser atacados.
“Pelas 6h50 (hora em Israel) eles enviaram mensagem aos filhos, os meus primos, dizendo que estavam a ser atacados por mísseis e que iam tentar esconder-se algures no bosque”, disse ao The Guardian um sobrinho que vive no Reino Unido, logo a 17 de outubro.
Cerca de 15 minutos depois, foi a mulher que “enviou uma mensagem à segurança do kibbutz a dizer que Gadi tinha sido baleado com gravidade por terroristas que tinham chegado de mota”, acrescenta este familiar, Arad Haggai. “Ela estava ferida, sem gravidade, e tentou pedir ajuda. Mas o kibbutz já estava sob fogo cerrado e só há uma ambulância à prova de bala – mas não pôde ser usada porque os terroristas pegaram-lhe fogo”.