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Não há civis em Gaza. São todos terroristas“, diz Mia Schem, jovem refém que foi libertada após 55 dias em cativeiro. A jovem estava no festival de música Supernova, a 7 de outubro, e foi levada pelo Hamas. “Passei por um Holocausto“, afirma.

A jovem deu uma entrevista ao Channel 13, que vai ser transmitida na íntegra esta quinta-feira, e garante que o fez porque “era importante partilhar o que é a verdadeira situação em Gaza“. Mia Schem diz que a entrevista serve para dar a conhecer “a verdadeira situação em Gaza” e para que se compreenda mais sobre “as pessoas que vivem lá, quem elas são realmente”.

Levada pelos operacionais do Hamas, a jovem deu por si presa numa casa de família que em tudo aparentava ser uma família de civis indefesos: “comecei a perguntar-me porque é que estava presa numa casa de família, com crianças a viver lá“. Na verdade, diz, aquela era apenas mais uma de inúmeras “famílias inteiras estão ao serviço do Hamas“.

Noutro segmento da entrevista, a jovem lembra que foi apalpada por um operacional do Hamas, na manhã do ataque de 7 de outubro, até que chegou outro que a puxou pelo cabelo para um veículo e a levou para Gaza. “Senti-me como um animal num zoo“, diz a jovem, que recorda que tinha grandes ataques de choro – “quase que me engasgava no meu próprio choro” – e um dos seus raptores a ameaçou que se não parasse “ia ser mandada para o túnel“.

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Na entrevista, Mia Schem também pede que ninguém esqueça os reféns que continuam nas mãos do Hamas. Quando foi libertada, os outros reféns pediram que a jovem os ajudasse a serem também libertados. “Mia, por favor, não deixes que se esqueçam de nós”, terá ouvido a jovem.