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Nas últimas horas têm-se sucedido os apelos internacionais para que se evite uma escalada da guerra entre Israel e o Hamas para a região, incluindo no Líbano, depois de um ataque atribuído às forças israelitas ter matado o vice-presidente do grupo islâmico, Saleh al-Arouri.

Emmanuel Macron, Presidente francês, foi dos primeiros a pedir publicamente uma contenção. Macron falou ao telefone com o ministro israelita e membro do gabinete de guerra Benny Gantz a quem defendeu que “é essencial evitar qualquer atitude de escalada, particularmente no Líbano” e frisou que França “vai continuar a transmitir esta mensagem a todos os envolvidos direta ou indiretamente na área”.

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A morte do vice-presidente do Hamas após um ataque com drone em Beirute está a levantar preocupações quanto a uma possível escalada do conflito, incluindo uma retaliação por parte do grupo islâmico ou do Hezbollah, o grupo fundamentalista que controla parte do Líbano.

À BBC, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Líbano, Abdallah Bou Habib, indicou na noite de terça-feira que o seu governo está a tentar apelar ao grupo para que “não reaja” ao ataque. “Nós não lhes dizemos, nós dialogamos com eles a este respeito”, afirmou, acrescentando: “Estamos muito preocupados. [Os libaneses] não querem ser arrastados, nem mesmo o Hezbollah quer ser arrastado para uma guerra regional”.

Abdallah Bou Habib também apelou ao Ocidente para que “pressione Israel a parar a violência e as suas ações, não apenas no Líbano, não apenas em Beirut, mas também em Gaza”.

O Hezbollah ainda não disse o que vai fazer ao certo. Para esta quarta-feira, Hassan Nasrallah tem um discurso marcado para homenagear  Qasem Soleimani, general iraniano morto num ataque aéreo dos EUA a 3 de janeiro de 2020. Mas espera-se que também mencione no discurso o ataque de terça-feira que matou o vice-presidente do Hamas, assim como a forma como o grupo fundamentalista vai responder.

Também a Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou preocupação com o risco de um possível escalada do conflito e pediu contenção. O apelo veio da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, mais concretamente da porta-voz. Kandice Ardiel sublinhou que a organização está “profundamente preocupada” com a possibilidade de uma escalada que poderá ter “consequências devastadoras” para as populações de Israel e do Líbano.

“Continuamos a implorar a todas as partes que cessem-fogo e a todos os interlocutores com influência que apelem à contenção”, acrescentou. Israel ainda não confirmou nem negou o envolvimento na morte de Saleh al-Arouri.