Depois de milhões de telemóveis produzidos, a Xiaomi passou a dedicar-se igualmente aos automóveis, assumindo-se como o mais recente construtor chinês. Mas, independentemente do potencial que o construtor venha a revelar, tornou-se desde já notícia pelo responsável pelo estilo que contratou, um nome incontornável na história da BMW.

Chris Bangle, que foi responsável pelo gabinete de design da BMW entre 1992 e 2009, assinou alguns dos modelos com maior notoriedade da marca bávara, nomeadamente o Série 5 de 2003 (com denominação interna E60), com linhas arrojadas, mas plenas de personalidade, que lhe permitiram estar no mercado durante oito anos sem ter de investir em restylings evidentes. Simultaneamente, esta geração do modelo foi ainda a que usufruiu da versão M5 equipada com um imponente motor V10, trunfo que o distinguia facilmente da concorrência.

Xiaomi, que conhecemos dos telemóveis, quer bater Porsche e Tesla

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Bangle, que em 2009 abandonou a BMW e a indústria automóvel, regressou agora ao mercado das quatro rodas a convite da Xiaomi, para assumir o papel de consultor da divisão automóvel deste novo construtor chinês. Contudo, o designer norte-americano não teve ocasião de trabalhar no primeiro carro da Xiaomi, o SU7, assinando muito provavelmente os próximos modelos do fabricante chinês.

O anúncio da contratação de Chris Bangle foi feito pelo responsável do construtor, Lei Jun, que tornou pública a reunião que manteve com o estilista no Xiaomi Campus, na China, ocasião em que o acordo de colaboração terá sido firmado.

De recordar que Bangle abandonou a BMW para criar a sua própria empresa de design em Itália, a Bangle & Associates. Ficou conhecido na BMW como o pai do Bangle Butt (“Rabo do Bangle”, referindo-se à traseira volumosa dos Série 6 e Série 7 que assinou), restando saber que surpresa nos reserva nos modelos da Xiaomi.