(Em atualização)
Foram revelados esta segunda-feira mais documentos ligados ao caso de Jeffrey Epstein e uma das alegadas vítimas testemunhou que há gravações sexuais (sex tapes) de Bill Clinton, do multimilionário Richard Branson, da Virgin Airlines, e do príncipe André, duque de Iorque. As revelações são avançadas pelo Independent, que analisou os 17 documentos agora desclassificados, naquele que é o quarto lote de documentação tornado público. A totalidade dos detalhes ainda é desconhecida, já que os documentos continuam a ser analisados. Até agora, já há centenas de documentos disponíveis com depoimentos de testemunhas.
Segundo o jornal inglês, Sarah Ransome, uma das alegadas vítimas de Epstein, disse que existem gravações do duque de Iorque, do antigo Presidente dos EUA Bill Clinton e de Richard Branson gravadas enquanto estes mantinham relações sexuais. De acordo Ransome, era possível identificar “claramente” os rostos destas três figuras nas filmagens, que alegadamente foram captadas por Epstein.
Uma porta-voz do grupo Virgin, de que Richard Brason é dono, disse ao Independent que, “numa investigação da New Yorker, publicada em 2019, Ransome admitiu que tinha ‘inventado’ as cassetes”. A mesma fonte considera que “as afirmações de Sarah Ransome não têm bases e são infundadas”.
Na passada sexta-feira, os documentos tornados públicos estavam ligados à transcrição de um testemunho de Juan Alessi, que trabalhou na casa de Epstein na Flórida entre 1991 e 2002. Foi também desclassificada informação de um testemunho de Virginia Giuffre, uma das principais denunciantes de Epstein, que disse ter sido levada a aceitar um trabalho como massagista na mansão de Epstein — só mais tarde é que percebeu que “massagens” era um código para relações sexuais.
A juíza Loretta Preska, que tem em mãos o processo de difamação movido por Giuffre contra Ghislaine Maxwell, a companheira de Epstein, decidiu tornar pública a informação ligada ao processo, considerando que “não existia justificação legal para continuar a esconder os mais de 150 nomes mencionados como ‘John e Jane Does’ no processo.
Novos documentos relacionados com Epstein falam em “massagens diárias” de príncipe André
Até ao momento, já foram mencionados diversos nomes àquela que é conhecida como a “lista de Epstein”, desde o antigo Presidente dos EUA, Bill Clinton, até ao Príncipe André ou a celebridades como Cameron Diaz. Ainda assim, a inclusão de nomes no lote de documentos não implica que tenha havido alguma infração por parte dessas pessoas ou que tenham sido acusadas de atos ilícitos relacionados com o magnata (na lista constam até jornalistas que fizeram reportagens sobre os casos).
Estes documentos fazem parte de uma ação judicial intentada contra Ghislaine Maxwell, em 2015, por Virginia Giuffre. Ghislaine está a cumprir uma pena de 20 anos de prisão pelo auxílio a Epstein na rede de tráfico sexual de jovens mulheres e menores de idade. A socialite britânica, que foi condenada em dezembro de 2021, apresentou um recurso e deverá ser ouvida em março.
Ghislaine Maxwell condenada por aliciar menores que seriam abusadas por Jeffrey Epstein
O investidor e multimilionário norte-americano foi acusado de abuso sexual e tráfico de menores, devido às festas nas suas propriedades e ilha privada. Epstein morreu numa prisão federal, em 2019, enquanto aguardava julgamento.
