Investigado desde setembro, depois de ter alegadamente organizado uma orgia, o padre da diocese de Sosnowiec, na Polónia, foi detido na segunda-feira. Está acusado de crimes sexuais, de tráfico de droga e de não ter prestado assistência médica a uma pessoa em situação de risco, avançou a Reuters. Pode ser condenado a até 10 anos de prisão.

O caso remonta a setembro de 2023 quando os meios de comunicação polacos noticiaram que o padre — cujo nome não é referido — organizou uma orgia homossexual no seu apartamento em Dąbrowa Górnicza e que, em consequência, um homem desmaiou com uma overdose provocada por comprimidos de Viagra. O padre passou a ser suspeito de “não prestar assistência a uma pessoa cuja vida está em risco” depois de, alegadamente, ter tentado impedir a entrada de paramédicos no seu apartamento. Na altura, negou as acusações, afirmando que não impediu os paramédicos de entrarem em sua casa, e afirmou que o caso se trata de um “ataque óbvio à igreja, incluindo o clero e os fiéis, com o objetivo de humilhar a sua posição, tarefas e missão”.

Papa aceita resignação de bispo polaco após escândalo sexual na diocese

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Segundo a diocese de Sosnowiec, uma comissão de investigação externa concluiu que o padre cometeu “uma violação muito grave das normas morais”, bem como das suas obrigações como clérigo.

Agora, encontra-se em prisão preventiva estando acusado de quatro crimes: “Três das [acusações] dizem respeito a crimes descritos na lei de combate à toxicodependência e estão relacionadas com o fornecimento de drogas, uma delas está adicionalmente relacionada com… crimes contra a liberdade e decência sexual”, avançou um porta-voz do Ministério Público polaco. A quarta acusação refere-se à falta de assistência médica para com a pessoa em risco de vida.

Na sequência do caso, o bispo polaco Grzegorz Kaszak, da diocese Sosnowiec, pediu a demissão ao Papa Francisco numa carta datada de 29 de setembro na qual agradeceu aos padres e freiras da sua diocese e pediu “a todos que perdoem” as suas “limitações humanas”. O papa aceitou a resignação em outubro.