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Cerca de 15.000 elementos da PSP e da GNR participaram, esta quinta-feira, na manifestação, em Lisboa, convocada pela plataforma de sindicatos policiais, disse à Lusa fonte da estrutura, que considerou o protesto de histórico. Depois de uma marcha ordeira quase sem bandeiras e palavras de ordem, os manifestantes cantaram três vezes o hino nacional em frente à Assembleia da República e entoaram a frase “polícia unida já mais será vencida”.

A primeira vez que foi cantado o hino os oito polícias que estão de guarda à escadaria do parlamento viraram-se para a porta principal da Assembleia da República, um gesto que tinha sido pedido nas redes sociais. Noutra das vezes em que foi cantado o hino os elementos das forças de segurança acenderam as luzes dos telemóveis.

Os primeiros manifestantes chegaram à Assembleia da República cerca das 19h30, uma hora depois de terem iniciado o percurso, enquanto o final da manifestação ainda estava a alguma distância, na Calçada do Combro. Quando o desfile chegou ao largo em frente ao parlamento foi aplaudido por centenas de outros elementos das forças de segurança que os esperavam.

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Foi também aplaudido o agente da PSP Pedro Costa que há mais de duas semanas iniciou sozinho o protesto em frente à Assembleia da República e originou um movimento que se alargou ao resto do país. A maior parte dos manifestantes, homens, vestem camisolas pretas e são visíveis algumas bandeiras de Portugal.

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No início da manifestação, Bruno Pereira, da Plataforma e presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Policia, disse à Lusa que a grande adesão ao protesto mostra a dimensão do descontentamento dos profissionais das forças de segurança. O responsável salientou a presença de outras organizações não policiais, que aderiram a uma causa “que transcende os polícias e é uma causa nacional”.

Bruno Pereira realçou a importância “do pilar fundamental” que são as forças de segurança, disse que os policias não podem admitir continuar a ser tratatos como até agora, e frisou que o importante é que os partidos dialoguem com a plataforma e assumam as reivindicações dos policias como uma prioridade. Adiantou também que já estão reuniões marcadas com alguns partidos.

É a primeira vez que o sindicato que representa oficiais da PSP está presente numa manifestação de policias, tendo Bruno Pereira considerado importante a presença dos oficiais.

A manifestação desta terça-feira foi organizada pela plataforma composta por sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana. Esta plataforma foi criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança e o protesto surge na sequência “da luta pela dignificação das carreiras da PSP e GNR, que os sindicatos e associações consideram que têm sido desconsideradas pelo Governo, com a ‘machadada final’ a ser a secundarização da PSP e GNR na atribuição do suplemento de missão da PJ”.

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