Elon Musk viu esta terça-feira o pacote bónus de quase 56 mil milhões de dólares (cerca de 51 mil milhões de euros) que devia receber da Tesla ser anulado por uma juíza de Delaware, depois de um acionista minoritário ter contestado o procedimento. Perspetiva-se que o bilionário recorra da decisão para o Supremo Tribunal daquele Estado.

A juíza Kathaleen St. J. McCormick, do tribunal de Delaware, concordou com o investidor que afirmava que o bónus não tinha divulgações adequadas das metas de desempenho exigidas e o conselho entrava em conflito de interesse ao aprová-lo. Segundo a Reuters, a juíza concluiu que o acordo foi negociado por diretores que estavam, alegadamente, em dívida com o CEO.

Movido pela retórica de ‘todas as vantagens’, ou talvez fascinado pelo apelo de Musk, o conselho nunca questionou os 55 mil milhões de dólares: o plano era mesmo necessário para a Tesla reter Musk e atingir seus objetivos?”, questionou McCormick.

A juíza acrescentou que “o tamanho incrível do maior plano de compensação de todos os tempos – uma soma insondável – parece ter sido calibrado para ajudar Musk a alcançar o que ele acreditava que seria ‘um bom futuro para a humanidade’”.

Com a sentença conhecida esta terça-feira e que foi divulgada pela Bloomberg, o conselho da Tesla terá de voltar ao início e apresentar uma nova proposta, mais de cinco anos depois de o co-fundador da empresa ter recebido o maior plano remuneratório executivo de sempre. O julgamento do caso começou há mais de um ano.

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