A Rússia atacou esta terça-feira com mísseis a capital ucraniana, onde se encontra de visita o chefe da diplomacia da UE, que se refugiou no abrigo subterrâneo do hotel onde está hospedado, noticiou a EFE.
O alarme soou cerca das 6h00 (3h00 em Lisboa), antes de Josep Borrell ter iniciado o programa de reuniões, incluindo encontros com o Presidente Volodymyr Zelensky e outros dirigentes ucranianos, acrescentou a agência de notícias espanhola.
“Mísseis sobre Kiev e sobre o leste” da Ucrânia, escreveu na plataforma Telegram o chefe da Administração Militar da capital ucraniana. Pouco depois, o mesmo canal oficial acrescentou que “vários mísseis” estavam apontados a Kiev.
O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou que parte da cidade tinha ficado sem eletricidade, na sequência do ataque russo e dos danos causados nas linhas de abastecimento.
“Na sequência de um ataque inimigo, duas linhas de alta tensão foram danificadas por fragmentos de mísseis. Alguns consumidores na margem esquerda estão, neste momento, sem eletricidade”, escreveu o responsável nas redes sociais.
Uma forte explosão foi ouvida no centro de Kiev, cerca de uma hora depois de as sirenes de alerta terem soado na cidade.
O chefe da Administração Militar de Kiev confirmou, no momento da explosão, que as defesas aéreas tinham sido ativadas e apelou aos residentes da capital para não abandonarem os abrigos até ao fim do alerta.
A maior parte dos ucranianos ignora as sirenes, que soam quase todas as noites em grande parte do país, devido à frequência, aderindo por vezes à chamada “regra das duas paredes”, que os aconselha a permanecer em espaços sem janelas mais protegidos do mundo exterior, como o corredor ou a casa de banho, para evitarem ser atingidos diretamente pelos projéteis ou pelos destroços.
Uma minoria desce para o metro ou para os abrigos mais próximos.
Borrell chegou na terça-feira a Kiev numa nova viagem de dois dias à Ucrânia.