Foi mesmo a tempo da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 2024 nos EUA que Jon Stewart voltou a sentar-se na cadeira do “The Daily Show”. Na noite de segunda-feira, o apresentador norte-americano regressou ao formato, depois de uma pausa de mais de oito anos.
“Então, onde é que eu ia?”, questionou no arranque do episódio, depois de ser recebido no estúdio por aplausos e gritos entusiasmados da plateia. Joe Biden e Donald Trump foram os principais visados pelo escrutínio de Stewart, que brincou com as idades avançadas dos candidatos, de 81 e 77 anos, respetivamente.
“Não estamos a sugerir que nenhum dos homens seja vibrante, produtivo ou até capaz. Mas estão ambos a esticar os limites da capacidade para lidar com o trabalho mais difícil do mundo“, comentou. Se vencerem as eleições, tanto Trump como Biden tornar-se-ão, no fim do mandato, o presidente mais velho na história do país.
Não faltaram ataques à política externa de Joe Biden. “A importância destas eleições não tornam o oponente de Donald Trump menos sujeito ao escrutínio. Na verdade, tornam-no mais sujeito ao escrutínio”, defendeu-se. “Gosto de como Biden descreve os bombardeamentos incessantes de civis [em Gaza] da mesma forma que a minha mãe descreve o intervalo da Super Bowl: ‘Foi um pouco excessivo’.”
Sobre a Super Bowl — na qual, na madrugada de segunda-feira, os Kansas City Chiefs se sagraram vencedores contra os San Francisco 49ers — Stewart comentou as comparações entre Travis Kelce, capitão dos Chiefs, e o irmão, Jason Kelce, que joga pelos Philadelphia Eagles, selecionando a “mamã Kelce” como a sua favorita. “Pelo que sei, faz umas ótimas bolachas de chocolate”, brincou.
O apresentador saiu do formato em 2015, ao fim de 16 anos no ar. Com Jon Stewart ao comando, o “The Daily Show” ganhou o Emmy de Melhor Série de Variedades entre 2003 e 2012, e em 2015.