A Polícia Federal do Brasil deteve esta quinta-feira várias pessoas numa nova operação contra os envolvidos nos acontecimentos que levaram à tentativa de golpe de Estado a 8 de janeiro de 2023.
“Ao todo, estão sendo cumpridos 34 mandados judiciais, sendo 24 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrónico, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal”, indicou, em comunicado, a Polícia Federal.
A Polícia Federal não divulgou os nomes dos envolvidos, mas, de acordo com a imprensa local, os presos preventivos são dois empresários proprietários de uma rede de supermercados, que terão dado apoio financeiro e logístico a milhares de radicais que, desde o final de 2022, estavam acampados em frente ao quartel-general do Exército e exigiam uma “intervenção militar” para impedir que Lula da Silva tomasse posse a 1 de janeiro de 2023.
Desse acampamento, partiram, oito dias após a tomada de posse de Lula da Silva, em direção ao coração político de Brasília para invadir as sedes da Presidência, do Parlamento e do Supremo Tribunal Federal.
Até ao momento, a justiça aceitou as acusações contra 1.413 pessoas envolvidas nestes acontecimentos e condenou 59 delas a penas de prisão até 17 anos por vários crimes, como golpe de Estado ou tentativa de abolição do Estado de direito democrático.
Entre os investigados em processos associados à tentativa de golpe está o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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A lista de suspeitos também inclui vários ex-ministros de Bolsonaro, militares na reserva e outros ativos de alto escalão, além de alguns parlamentares e dezenas de empresários.