Os projetos na área do património natural e cultural que foram aprovados até ao final de fevereiro no Algarve ao abrigo do Programa CRESC Algarve2020, resultaram num investimento de 37,4 milhões de euros (ME), foi anunciado esta segunda-feira.

De acordo com os dados avançados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, entre os projetos aprovados, destaca-se o da remodelação, modernização e dinamização do Museu Municipal Dr. José Formosinho, em Lagos, um investimento elegível de 4,4 ME, apoiado em três milhões de euros por fundos comunitários.

A intervenção contempla os núcleos com conteúdos distintos: o Primitivo, já concluído e em funcionamento, e o de Arqueologia, com as obras a decorrer estando prevista a sua abertura dentro de dois meses.

Este último núcleo integra um espaço exterior onde foram descobertos vestígios de um conjunto edificado da cidade do século XIV/XV e a reabilitação de duas naves pertencentes à antiga cadeia de Lagos (século XVI), nas quais vão ser disponibilizados “objetos e informação para uma melhor compreensão da história da cidade”, lê-se na nota.

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As obras promovidas pela Câmara de Lagos visaram a requalificação de um equipamento museológico estruturante “para reforçar a qualidade e a diversificação da oferta turística regional, funcionando como mobilizador para a atração de novos públicos”, realça a CCDR do Algarve.

Com a renovação do espaço museológico, adianta, prevê-se “um aumento de cinco mil visitantes por ano”.

O Museu Dr. José Formosinho foi distinguido com uma menção honrosa em 2020 pela Associação Portuguesa de Museologia e, em 2023, foi nomeado para o Prémio Museu Europeu do Ano, prémio atribuído anualmente pelo Fórum Europeu dos Museus.

Segundo a CCDR do Algarve, as distinções “reconhecem a qualidade da exposição permanente do museu que, após passar por obras de reabilitação, apresenta um novo visual e uma nova programação dos conteúdos”.

Ao mesmo tempo, “reconhecem a conservação e restauro do acervo e uma valorização da coleção exposta, que permite dar a conhecer a nossa história, cultura, tradições e arte”, conclui a entidade regional.