O Livre indicou esta terça-feira que o autor de uma publicação citada pelo presidente do Chega na segunda-feira em que brincava com a possibilidade de anulação de votos nas eleições legislativas “não está indicado para nenhuma mesa”.

Fonte oficial do Livre confirmou à agência Lusa que o elemento em causa “não está indicado para nenhuma mesa”. Na segunda-feira, quando chegou a um comício de campanha em Portalegre, o líder do Chega, André Ventura, mostrou uma nova publicação da rede social X (antigo Twitter) para sustentar a sua teoria da possibilidade de os resultados eleitorais serem desvirtuados.

Em causa está uma publicação de uma pessoa que se identifica como membro do Livre que escreveu: “Estarei nas mesas de voto. Comigo estão avisados que todos os votos em branco irão para a IL e obviamente todos os votos da AD e do Chega serão nulos”.

Na publicação, datada de sábado e que se mantém no perfil consultado esta manhã pela Lusa, o autor do post acrescentou o seguinte comentário: “Claro que é piada”. Na segunda-feira, a CNE disse que vai analisar as suspeitas levantadas pelo presidente do Chega sobre a possibilidade de anulação propositada de votos no partido nas legislativas.

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Esta manhã, o presidente do Chega publicou um vídeo na rede social X (antigo Twitter) no qual volta a mostrar a publicação, depois de o ter feito aos jornalistas na segunda-feira à noite, alegando que o autor do tweet vai estar numa mesa de voto, algo que o Livre já negou.

No sábado à noite, o líder do Chega alegou estar em curso uma tentativa para “desvirtuar o resultado” das eleições, que passaria por “anular os votos” do seu partido. Contactada pela Lusa, a CNE disse no domingo não ter em registo de qualquer queixa.

No domingo, André Ventura insistiu nas suspeitas, alertando para uma publicação de um elemento que iria estar nas mesas de voto em Aveiro e disse nas redes sociais que se preparava para anular os votos no Chega. O BE condenou essa “piada de mau gosto” e instou este elemento a pedir dispensa da função que iria exercer, o que aconteceu antes da denúncia de Ventura.

Bloco “solicitou” a autor de tweet sobre o Chega que apagasse publicação e se retirasse das mesas de voto