A EDP vai manter a equipa executiva por mais um mandato de três anos, por indicação dos três maiores acionistas da elétrica, a China Three Gorges, Oppidum Capital (do empresário espanhol Fernando Masavéu) e o fundo de pensões Canada Pension Plan.

A proposta a votar na assembleia geral do próximo dia 10 de abril mantém os atuais administradores executivos em funções — Miguel Stilwell de Andrade (CEO), Rui Teixeira (administrador financeiro), Vera Pinto Pereira, Ana Paula Marques e Pedro Pereira de Vasconcelos.

António Lobo Xavier vai ser presidente do conselho geral e de supervisão da EDP

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As mexidas na administração da elétrica focam-se assim no conselho geral e de supervisão, confirmando-se a indicação de António Lobo Xavier para presidente deste órgão de fiscalização da gestão, onde vai substituir João Talone. Entram ainda Gonçalo Moura Martins que foi presidente executivo da Mota-Engil até 2023, Helena Sofia Cerveira Pinto — professora da Católica Business School e que é membro independente da administração da Mota‐Engil (além de ser do conselho fiscal da Media Capital), Sandra Soares Santos que foi presidente executiva da BA Glass Group (a Barbosa e Almeida). Saem duas administradoras independentes portuguesas — Esmeralda Dourado e Sofia Santos e João Carvalho das Neves que também era independente.

O conselho geral e de supervisão terá ainda cinco representantes do acionista China Three Gorges e dois do investidor espanhol Oppidum que detêm 20,9% e 6,8%, respetivamente, e cinco administradores internacionais.

[Já saiu o segundo episódio de “Operação Papagaio” , o novo podcast plus do Observador com o plano mais louco para derrubar Salazar e que esteve escondido nos arquivos da PIDE 64 anos. Pode ouvir o primeiro episódio aqui]

Os acionistas da EDP vão também ser chamados a votar uma alteração de estatutos que inclui, entre outros pontos, a alteração da designação social da sociedade que passa de EDP — Energias de Portugal a apenas  EDP, com o “objetivo de simplificar a imagem e de ajustar a denominação social a uma empresa cada vez mas global e ao conhecimento generalizado da marca”. A EDP está presente em 29 mercados, sendo os mais importantes a Península Ibérica, os Estados Unidos e o Brasil.

Na proposta de alteração de estatutos que é apenas assinada pelo acionista chinês é também introduzida uma mudança que permite reduzir o mínimo de elementos na comissão executiva para três (o limiar anterior era 5) com um máximo de nove, com a atribuição ao presidente executivo o voto de qualidade em caso de empate. Uma alteração que tem o “foco em conferir maior agilidade ao conselho de administração executivo”.

Propõe-se igualmente eliminar o conselho de ambiente e sustentabilidade, um órgão social que é descrito como tendo “funções meramente consultivas”.O acompanhamento destas matérias passará a ser centralizado no conselho de administração executivo e por uma equipa de apoio e “monitorizado e desafiado” elo conselho geral e de supervisão.  Os estatutos vão ainda ser atualizados com as regras legais mais recentes como a obrigação de comunicar participações qualificadas apenas a partir de 5%.