Carles Puigdemont será candidato às eleições regionais da Catalunha do próximo dia 12 de maio com o objetivo de chegar novamente à presidência da Generalidade da Catalunha, após a queda do governo catalão devido ao chumbo do orçamento para 2024.

De acordo com o El Mundo, que cita a conferência de imprensa em que anunciou a decisão, aquele que é o rosto mais conhecido do Juntos pela Catalunha apresenta-se com o intuito de conseguir a “restituição da presidência da Generalitat” de onde foi destituído em 2017 e prometeu “concluir com sucesso o processo de independência iniciado em outubro de 2017”.

O antigo presidente da Catalunha e ainda eurodeputado, que continua foragido à Justiça, recordou o processo que o levou a ser afastado do governo da Catalunha, afirmando que nada do que foi feito nos últimos anos pode ser entendido “sem se recordar o que levou ao exílio”.

“Perante uma repressão que se anunciava feroz, prolongada e omnívora, tal como pudemos comprovar, cabia proteger as instituições do nosso país e a decisão soberana do povo da Catalunha, através do seu Parlamento, de proclamar a independência”, realçou, sublinhando que o grande objetivo é “acabar o trabalho começado para que a Catalunha seja reconhecida como merece no mundo”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Espanha: eleições antecipadas na Catalunha confirmadas para o dia 12 de maio. Pedro Sánchez renuncia ao Orçamento de 2024

Esquerda independentista recusa aliança com Junts

O partido independentista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, atualmente no governo regional) já anunciou que recusa a proposta de uma lista unitária lançada pelo antigo líder catalão Carles Puigdemont, que anunciou a sua candidatura às eleições antecipadas de 12 de maio.

Fontes da ERC citadas pela agência EFE indicaram que Puigmont lamentaram que esta força política tenha abandonado o Governo liderado pelos republicanos independentistas no ano passado ou votado contra “os orçamentos mais sociais da história”, e preferem evitar “erros do passado”.

Da ERC consideram que “há espaços para reconstruir pontes” e que ficarão “encantados” em poder fazê-lo, mas pedem ao Junts que dê apoio à proposta do presidente catalão, Pere Aragonès, de “financiamento único” como solução para o défice orçamental. “Se querem realmente refazer a unidade de ação, deveriam começar por aderir a esta proposta”, afirmaram.