Depois de no sábado Carlos César ter feito votos de que o excedente orçamental alcançado em 2023, que deverá situar-se entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), “não seja um excesso”, o ex-presidente do PSD, Rui Rio, veio pedir cautela, criticando a ideia de que Portugal tem os cofres cheios para receber o novo Governo.
“Após 48 défices públicos, que acumularam uma dívida de €263.000.000.000, o país conseguiu um superávit”, começou por escrever Rui Rio numa publicação no X, numa referência ao facto de Portugal poder ter alcançado no ano passado um excedente orçamental em torno de 1% do PIB, o melhor saldo registado em democracia.
“Nada aprendendo com o passado, não falta quem considere que estamos com os cofres cheios. É como alguém que poupou €2.600 achar que está rico, quando deve €260.000 ao banco”, acrescentou.
Após 48 défices públicos, que acumularam uma dívida de €263.000.000.000, o País conseguiu um superávit. Nada aprendendo com o passado, não falta quem considere que estamos com os cofres cheios. É como alguém que poupou €2.600 achar que está rico, quando deve €260.000 ao banco.
— Rui Rio (@RuiRioPT) March 24, 2024
Este sábado, Carlos César foi questionado pelos jornalistas se a possibilidade de o excedente orçamental superar as estimativas de 0,8% prejudicou o PS, ao não ter respondido às exigências das classes profissionais mais descontentes.
Presidente do PS espera que excedente orçamental “não seja um excesso”
“Tenho dificuldade em responder a isso como presidente do PS. Se eu não fosse, diria apenas que espero que o excedente não seja um excesso”, afirmou à chegada ao hotel de Viseu onde decorreu a reunião da Comissão Nacional do PS.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na segunda-feira o saldo orçamental de 2023, bem como uma série de indicadores, que incluem a poupança das famílias.