André Ventura anunciou que António Tânger Corrêa, ex-embaixador e vice-presidente do Chega, é o cabeça de lista do partido às eleições europeias, em que foi estabelecido um objetivo: vencer.

Depois de ter marcado presença na convenção do ID em Roma, o presidente do Chega revelou que Tânger Corrêa foi apresentado aos parceiros europeus como o candidato do partido às eleições em que o partido poderá, pela primeira vez, eleger deputados para o Parlamento Europeu.

Além de esperar por um “resultado histórico” e de ter estabelecido como meta uma vitória, Ventura traçou como objetivo conjunto “evitar uma maioria de centro-esquerda ou do PPE no Parlamento Europeu e evitar que Ursula von der Leyen renove o seu mandato como presidente da Comissão Europeia”.

E explicou que o Chega pretende que seja promovida uma “grande coligação europeia, da Hungria a Lisboa”, com Ventura a garantir que estão a ser desenvolvidos contactos para a “possibilidade de um grande grupo europeu ser concorrente às eleições europeias, incluindo conservadores, o ID e outros”.

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O Chega vai pela primeira vez a votos numas eleições europeias — em 2019 falhou a primeira tentativa e acabou integrado na coligação Basta que não elegeu qualquer eurodeputado, mesmo com Ventura a cabeça de lista — e António Tânger Corrêa há muito que é visto como o putativo candidato pelo partido, não só pela vida política marcada pelo peso no CDS, como pela carreira diplomática que o colocava no topo das escolhas mais óbvias.

Em tempos surgiu também o nome de António Pinto Pereira como estando a ganhar espaço, mas a queda do governo de António Costa levou à construção de novas listas para a Assembleia da República e o advogado acabou mesmo por ser eleito deputado pelo círculo de Coimbra.

Agora, André Ventura põe fim à incógnita e transforma aquele que era visto como um eterno candidato à Europa como o cabeça de lista do Chega às próximas eleições do dia 9 de junho.