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Um tribunal russo prorrogou até 30 de junho a prisão preventiva do jornalista norte-americano Evan Gershkovich, que foi detido há um ano por acusações de espionagem.
“O tribunal da cidade de Moscovo considerou um pedido realizado pelas autoridades de investigação e estendeu o prazo de prisão de Evan Gershkovich até 30 de junho de 2024”, publicou o serviço de imprensa dos tribunais de Moscovo na rede social Telegram.
Evan Gershkovich, detido em março de 2023, rejeita as acusações de “espionagem”, assim como o fazem os Estados Unidos, o jornal em que trabalha, o seu círculo próximo e a sua família.
Repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich foi detido pelo FSB (serviços secretos russos, herdeiros do soviético KGB) durante uma reportagem em Ekaterinburg, nos Urais, e incorre numa pena de até 20 anos de prisão.
A Rússia nunca fundamentou as suas acusações e nem apresentou publicamente quaisquer provas. Todo o processo foi classificado como secreto. Gershkovich está na prisão de Lefortovo, em Moscovo, conhecida pelas suas duras condições.
Vários cidadãos norte-americanos foram detidos e condenados nos últimos anos a pesadas penas de prisão na Rússia. Washington, que há dois anos apoia a Ucrânia contra a invasão russa, acusa Moscovo de os terem feito reféns para os trocar.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse recentemente que queria negociar uma troca de prisioneiros com Washington, referindo o caso de um homem condenado por um assassínio a soldo atribuído à Rússia, que está preso na Alemanha.
Gershkovich é o primeiro repórter norte-americano a ser preso sob acusação de espionagem na Rússia desde setembro de 1986, quando Nicholas Daniloff, correspondente em Moscovo do U.S. News and World Report, foi detido pelas autoridades de segurança russas.
Daniloff foi libertado sem acusação 20 dias depois, mediante a troca por um funcionário da missão da União Soviética na ONU que foi detido pelo FBI, também sob acusação de espionagem.