O bloqueio do porto de Baltimore, devido à queda da ponte Francis Scott Key depois do embate do cargueiro Dali, pode custar às seguradores entre 2 e 4 mil milhões de dólares (1,8 e 3,7 mil milhões de euros), ultrapassando as perdas de 1,5 mil milhões que resultaram do acidente do Costa Concordia em 2012. O acidente de Baltimore provocou seis mortes.
As contas são da agência de ratings Morningstar DBRS que acrescenta que o valor final dependerá do tempo que o porto de Baltimore ficar inacessível e caso a gestore tiver contratado um seguro para interrupções nas movimentações.
A 26 de março o cargueiro Dali embateu na ponte, inaugurada em 1977, que colapsou. Os destroços estão a bloquear o acesso ao porto de Baltimore, um dos mais movimentados na costa este dos Estados Unidos da América. A DBRS cita as estatísticas oficiais para indicar que é mesmo o 17.º mais movimentado no país e o terceiro na costa este, mas é o mais relevante no movimento de automóveis, tendo, em 2023, movimentado 750 mil veículos.
Em 2023, o total de mercadorias movimentadas atingiram os 80 mil milhões de dólares, estando 140 mil empregos associados a este porto.
“Estas perdas irão agravar os problemas das seguradoras marítimas que têm recentemente enfrentado desafios com os ataques dos rebeldes houthis no Mar Vermelho”, aponta na nota de análise a DBRS, prevendo maior pressão para aumentar os preços das coberturas de seguros marítimos em todo o mundo.
Este sábado começaram a remoção dos escombros da ponte Francis Scott Key, naquele que se prevê que seja um processo longo para desimpedir a passagem. Segundo a CNBC, Joe Biden deverá visitar Baltimore na próxima semana e já se comprometeu com o pagamento da recuperação e reconstrução da ponte.
Maior guindaste da costa leste dos EUA chega para retirar destroços da ponte que ruiu em Baltimore
Segundo o Washington Post, a tripulação do Dali ainda se encontra dentro do porta-contentores e só deverá ser retirada quando o navio for movido ou tirado para fora de água.