A direção dos serviços prisionais explicou esta quarta-feira que a agressão na terça-feira a uma guarda prisional da cadeia de Tires, Cascais, resultou da separação de uma luta entre duas reclusas e não de um protesto, como referiu o sindicato.

Fonte do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) disse na terça-feira à agência Lusa que, durante a hora do almoço, cerca de 30 reclusas fizeram um protesto no refeitório contra a qualidade da comida, que terminou com a agressão a uma das guardas chamadas a intervir, tendo-lhe sido “puxados os cabelos e atirada ao chão”.

Questionada sobre o assunto, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) respondeu esta quarta-feira à Lusa que o auto de ocorrência do Estabelecimento Prisional de Tires refere que, às 12h40 de terça-feira, duas reclusas envolveram-se numa luta, por motivos não esclarecidos, levando a que uma guarda prisional interviesse para as separar, acabando por ser agredida por uma reclusa que lhe puxou e arrancou cabelos, atirando-a chão.

Segundo os serviços prisionais, a reclusa em questão foi sujeita a uma “medida cautelar de cumprimento de segurança” enquanto decorre o inquérito para uma sanção disciplinar e o relatório sobre a agressão enviado ao Ministério Público.

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A Lusa tentou nesta quarta-feira contactar com o dirigente sindical que forneceu a informação, mas tal não foi possível até ao momento.

No entanto, o dirigente sindical sublinhou na terça-feira à Lusa que têm existido protestos sobre a falta de segurança naquela cadeia feminina do concelho de Cascais e da qualidade da alimentação das reclusas e desde o início do ano esta é a 13.º agressão a uma guarda prisional em Tires.

Frederico Morais destacou a importância do debate sobre as condições nas prisões portuguesas, tanto mais que na terça-feira o novo Governo saído das legislativas de 10 de março tomou posse e há uma nova ministra da Justiça.