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A Ucrânia está a planear explodir a ponte Kerch, que liga a península da Crimeia à Rússia, ainda no primeiro semestre de 2024, segundo fontes da “secreta” ucraniana citadas esta quarta-feira pelo jornal britânico The Guardian.
Altos funcionários do serviço de informações militares da Ucrânia (GUR) disseram ao jornal que, a somar aos ataques conduzidos com drones contra alvos russos na península anexada por Moscovo em 2014, Kiev tem o objetivo de tentar pela terceira vez a destruição da ponte Kerch.
O GUR pretende destruir a ponte de 19 quilómetros “na primeira metade de 2024”, disse um funcionário do GUR ao The Guardian, acrescentando que Kyrylo Budanov, o chefe dos serviços secretos, já tinha “a maior parte dos meios para realizar este objetivo”.
Para o Presidente russo, Vladimir Putin, a ponte é um forte símbolo daquilo que considera uma das suas maiores conquistas políticas: o “regresso” da península à Rússia em 2014, embora não reconhecido internacionalmente. Os ucranianos consideram igualmente a ponte como um símbolo, mas neste caso da anexação ilegal pelo Kremlin, e a sua destruição reforçaria a campanha ucraniana de libertação da Crimeia e aumentaria o moral dentro e fora do campo de batalha.
O The Guardian referiu que o plano já teve a aprovação do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com vista a minimizar a presença naval da Rússia no Mar Negro, onde a Ucrânia reivindica a destruição de um terço dos navios desta frota.
Dentro deste contexto, Zelensky pediu à Alemanha o seu míssil Taurus KEPD-350 de longo alcance, um dos mais modernos sistemas de armas dos militares alemães, mas o chanceler alemão, Olaf Scholz, tem recusado, alegando que pretende evitar uma escalada da guerra, envolvendo um confronto direto das forças da NATO com a Rússia.