Afinal, Brad Pitt terá um “historial de abusos físicos” contra Angelina Jolie que não se limitaram a um alegado episódio concreto que a atriz já tinha referido no passado. Pelo menos, é essa a versão que Jolie defende num conjunto de novos documentos legais conhecidos esta semana, a propósito de um conflito judicial entre os dois por causa da venda de uma propriedade vinícola da qual chegaram a ser proprietários.
Vários órgãos da imprensa norte-americana tiveram acesso aos documentos, entregues no contexto do caso que começou com Pitt a processar a atriz por ter vendido “sem o seu conhecimento” e de forma “vingativa” a quota da propriedade vinícola Château Miraval, em França, a um empresário russo, Yuri Shefler. Ora, Jolie alega agora que as negociações que tentou com Pitt a propósito da venda caíram por terra depois de o ator ter colocado como condição que assinasse um acordo de confidencialidade e prometesse não falar publicamente sobre o “abuso” de Pitt contra Jolie e os filhos do casal.
No documento, cita a CNN, Jolie diz que o “historial de abuso físico contra Jolie começou bem antes da viagem de avião da família em 2016 de França para Los Angeles“. É uma referência a um episódio referido há anos no contexto da conflituosa separação do casal, que Jolie tem explicado com os alegados atos de violência de Pitt contra a atriz e os seus filhos durante esse voo.
“Este voo marcou a primeira vez que [Pitt] dirigiu o seu abuso físico também às crianças. Jolie deixou-o imediatamente depois disto”, lê-se num trecho citado pelo USA TODAY.
A CNN cita também uma parte do documento em que Jolie promete “provar através de testemunhos, emails, fotografias e outras provas porque é que Pitt estava tão preocupado com a sua própria má conduta” e estragou assim o negócio que estava a ser acordado. O ator já tinha alegado no passado que Jolie chegou a propor um acordo de confidencialidade mais abrangente que impediria ambos de fazerem comentários negativos em público sobre o outro.
Num comunicado do advogado de Jolie, Paul Murphy, lê-se que “Pitt recusou comprar a parte de Jolie quando ela recusou ser silenciada pelo acordo de confidencialidade dele”, que visaria “esconder o seu abuso de Jolie e da família de ambos”. Os documentos que deram entrada em tribunal incluem ainda a explicação da atriz para não ter apresentado queixa contra Pitt após o incidente no voo, por acreditar que “o melhor caminho seria Pitt assumir responsabilidade e ajudar a família a recuperar do stress pós-traumático que causou”. Na altura, um representante de Pitt disse à CNN que o ator “aceitou responsabilidade pelo que fez, mas não por coisas que não fez”.
O casal de atores separou-se após o alegado ataque de Pitt, em 2016.