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O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano acusou esta segunda-feira os Estados Unidos de darem “luz verde” a Israel para o ataque ao consulado do Irão na Síria que matou há uma semana sete oficiais militares da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais.

“Gostaria de dizer em voz alta, daqui de Damasco, que a América tem responsabilidade pelo que aconteceu e deve ser responsabilizada“, disse Hossein Amirabdollahian aos jornalistas durante uma visita à capital síria, onde se encontrou com o seu homólogo, Faisal Mekdad.

Amirabdollahian também se avistou com o Presidente sírio, Bashar Al-Assad, com quem discutiu a situação na Faixa de Gaza e a situação mais ampla na região, de acordo com um comunicado do gabinete da presidência da Síria.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano inaugurou a abertura de uma nova secção consular num edifício próximo do que foi bombardeado há uma semana e justificou as suas afirmações dizendo que Washington e “dois países europeus” não condenaram o ataque às instalações diplomáticas.

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Hossein Amirabdollahian reiterou as promessas de Teerão de que responderá ao ataque, amplamente atribuído a Israel, e que parece indicar uma escalada nos ataques de Israel a altos responsáveis do Irão, que apoia o grupo islamita Hamas na guerra contra as forças de Telavive na Faixa de Gaza e o movimento xiita libanês Hezbollah, que tem dirigido ataques aéreos quase diários contra solo israelita.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, reafirmou esta segunda-feira o apoio do grupo libanês a uma resposta militar de Teerão ao ataque que matou o general Mohammad Reza Zahedi, um alto oficial militar da Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, e que agravou os receios de um conflito em espiral no resto do Médio Oriente.

Embora Israel tenha conduzido ataques regularmente contra oficiais militares e aliados iranianos, a morte de Zahedi foi o golpe mais significativo para Teerão desde que um drone dos Estados Unidos matou o líder da Força Quds, general Qassim Soleimani, em 2020, em Bagdade.

Israel, que raramente reconhece ataques contra alvos iranianos, disse que não tinha comentários sobre o ataque na capital síria.