O primeiro-ministro nacionalista húngaro, Viktor Orbán, classificou a revisão da política migratória esta quarta-feira aprovada pelo Parlamento Europeu como “mais um prego no caixão da União Europeia”, após manifestar-se desde o início dos debates contra uma solução de compromisso.
“A unidade está morta, as fronteiras seguras já não existem. A Hungria nunca cederá ao frenesim migratório em massa! Precisamos de uma mudança em Bruxelas para acabar com a imigração”, escreveu Orbán na rede social X (antigo Twitter).
The #MigrationPact is another nail in the coffin of the European Union. Unity is dead, secure borders are no more. Hungary will never give in to the mass migration frenzy! We need a change in Brussels in order to #StopMigration !https://t.co/wxV9Y6OARo
— Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) April 10, 2024
A Hungria vai assumir a partir de 1 de julho a presidência semestral rotativa do Conselho da União Europeia (UE).
Após quatro anos de discussões, o Parlamento Europeu deu esta quarta-feira luz verde final à vasta reforma da política de migração e asilo da UE, que prevê o combate à imigração ilegal e uma solidariedade obrigatória entre os Estados-membros.
Parlamento Europeu dá luz verde final à reforma da política de migração e asilo da União Europeia
Na minisessão do Parlamento Europeu que esta quarta-feira arrancou em Bruxelas, os eurodeputados aprovaram por maioria os 10 textos legislativos que compõem o novo Pacto em matéria de Migração e Asilo, que foi proposto em 2020 para uma partilha equitativa das responsabilidades entre os Estados-membros e uma coordenação solidária perante os fluxos migratórios.
Esta votação era vista como a última oportunidade para aprovar o documento antes das eleições europeias de junho próximo, após, ao longo destes últimos quatro anos, ter sido possível, dentro da UE, ultrapassar muitas das tensões entre os 27 Estados-membros, que ainda assim mantêm diferentes visões sobre a política migratória.