O novo Milano é um modelo particularmente importante para a Alfa Romeo e surge no momento ideal para o construtor italiano, que depois de comercializar 198 mil unidades em 2001 caiu continuamente até 25 mil em 2021, ano em que começou a recuperar para 32 mil veículos em 2022 e 42 mil em 2023. Em grande parte, este incremento das vendas deveu-se ao reforço da gama, que passou a contar com o SUV Tonale, do segmento C (4,52 m de comprimento). Agora, a Alfa Romeo passa a usufruir igualmente do Milano, o primeiro SUV do construtor no segmento B (4,17 m) e o primeiro veículo a oferecer uma mecânica 100% eléctrica numa marca que foi fundada em 1910.
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O Milano surpreende ao exibir um design mais sofisticado e bem conseguido do que o Tonale, o seu “irmão maior”. Com uma largura de 1,78 m e uma altura de 1,5 m, associadas aos já mencionados 4,17 m de comprimento, o B-SUV da Alfa Romeo alinha pelos seus concorrentes, mas o que salta à vista é a aposta do construtor na estética e na personalidade, sobretudo quando comparado com o Tonale. O CEO da marca, Jean-Philippe Imparato, já tinha reconhecido que, quando assumiu o controlo da Alfa Romeo, o Tonale já estava terminado, pelo que pouco era possível fazer, mas assegurou desde logo que os modelos seguintes iriam ter um cunho mais vincado do espírito desportivo do construtor. E os guarda-lamas “musculados”, a traseira vertical e a frente com uma nova assinatura luminosa fazem a diferença, com a particularidade de a grelha variar consoante a versão, podendo surgir uma solução a puxar à tradição e outra mais ousada e desportiva, em que é evidente a serpente e a cruz associadas ao emblema de Milão.
Por dentro e até conseguirmos avaliar o espaço oferecido, que acreditamos ser similar ao disponibilizado pelo Peugeot 2008, o líder dos B-SUV, ficamos pelo tablier e bancos, ambos atraentes e se o primeiro é tipicamente Alfa, mas mais moderno, os bancos parecem envolventes e, como seria de esperar, desportivos. Quanto ao resto, a marca italiana reivindica a capacidade de realizar actualizações over-the-air e anuncia que o modelo estará equipado com Alfa Connect Services, uma série de sistemas de ajuda à condução e um conjunto de soluções para veículos eléctricos, estas últimas específicas do Milano Elettrica. Destaque ainda para o assistente virtual Hey Alfa, que recorre à Inteligência Artificial do ChatGPT para se assumir como um copiloto tão útil quanto inteligente.
O Milano foi concebido sobre a base que já serve o Peugeot 2008 e o Jeep Avenger, recorrendo à plataforma multienergia da Stellantis que pode gerar modelos com motores a combustão, híbridos ou eléctricos alimentados a bateria. A primeira versão a chegar ao mercado será precisamente a 100% eléctrica. O Milano Elettrica associa a bateria com uma capacidade bruta de 54 kWh a um motor com 156 cv, anunciando uma autonomia de 410 km entre recargas.
Para quem procure mais emoção, a Alfa Romeo disponibiliza o Milano Elettrica Veloce, que eleva a potência para 240 cv, respeitando assim o espírito desportivo da marca transalpina. Além da potência superior, o Veloce monta barras estabilizadoras mais grossas, suspensão desportiva 25 mm mais baixa, diferencial autoblocante Torsen, jantes de 20” e discos de travão de maiores dimensões, com 380 mm à frente e maxilas de quatro pistões.
Depois da versão eléctrica, em Junho abrirá o período de encomendas para o Milano Ibrida que, como a denominação indica, recorre a motores híbridos a gasolina. A versão Ibrida “normal” alia o três cilindros sobrealimentado com 1,2 litros a um motor eléctrico com 29 cv e uma pequena bateria, para oferecer uma potência total de 136 cv. A oferta contará ainda com o Q4 Ibrida, que dispõe de transmissão 4×4 e uma potência combinada de 240 cv.
Com as encomendas do Milano Elettrica a abrirem em Maio e as do Milano Ibrida em Junho ou Julho, o novo SUV da Alfa Romeo irá começar a chegar aos clientes no último trimestre de 2024.