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Milhares de judeus ultraortodoxos protestaram esta quinta-feira frente a um dos escritórios de inscrição do exército israelita em Jerusalém contra a decisão do Supremo Tribunal que os obriga alistarem-se.

Os manifestantes afirmam que estão dispostos a morrer em vez de serem recrutas. “As autoridades israelitas estão a perseguir os académicos da Torah“, ouviu-se na manifestação, que deverá contar com a presença dos líderes da organização política ultraortodoxa Fação de Jerusalém.

Alguns dos manifestantes entraram em confronto com a polícia, segundo o jornal The Times of Israel.

Representando cerca de 30% da população masculina total, os ultraortodoxos e os árabes estão isentos do serviço militar obrigatório. No que respeita às mulheres, quase 45% também evitam o serviço militar por motivos religiosos.

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Porém, a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza colocou em debate público a controversa isenção dos membros da comunidade ultraortodoxa.

A incapacidade do Governo israelita para aprovar uma nova prorrogação da isenção — dilatada pela última vez em junho de 2023 — significa que, no entender do Supremo Tribunal, o quadro legal para o adiamento do serviço militar para os estudantes ultraortodoxos deixou de existir a partir de 31 de março.

O exército israelita iniciou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza em resposta aos ataques realizados em 7 de outubro pelo Hamas, no sul de Israel, que deixaram 1.200 mortos e cerca de 240 reféns.

Desde então, as autoridades do Hamas relataram a morte de mais de 33.400 pessoas, incluindo cerca de 450 palestinianos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, devido às ações das forças de segurança e dos colonos israelitas.