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O vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz afirmou esta sexta-feira que foi também “contra o desafio do populismo” que PSD e CDS-PP construíram a Aliança Democrática, defendendo que só sem medo de reformar se combate este fenómeno.
Pinto Luz falava na abertura da 13.ª edição da Universidade Europa, uma iniciativa de formação política que reúne cerca de 70 jovens na Cúria (Aveiro), contando no domingo com intervenções do primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, e do cabeça de lista às europeias da AD (coligação que juntará PSD, CDS-PP e PPM), Sebastião Bugalho.
Ao elencar os vários desafios que se colocam atualmente à União Europeia, o também ministro das Infraestruturas e Habitação incluiu o populismo.
“É contra esse desafio do populismo, que nós, PSD e CDS-PP construímos também esta AD. Só há uma forma que eu conheço para combater o populismo: é implementar políticas públicas de qualidade, é mostrar que nós somos capazes, é não ter qualquer receio de reformar, não ter qualquer receio de arriscar”, defendeu.
Pinto Luz salientou que, nos últimos anos, a Europa demonstrou que “é poderosa quando se une”, dando como exemplo a forma como lidou com a crise da covid-19, e definiu como fim último da política permitir a cada um “implementar os seus projetos de felicidade”.
O alerta contra o crescimento dos populismos foi um traço comum nas várias intervenções da sessão de abertura, com o líder da JSD, Alexandre Poço a defender que as forças moderadas do centro-direita vão ter “um grande desafio” na composição do Parlamento Europeu que sair das eleições europeias que em Portugal se realizam em 9 de junho.
“Nós, nas eleições de 10 de março, conseguimos vencer essas eleições e foi decisivo o contributo das novas gerações, sendo este um dos segmentos em que a AD teve a sua maior vitória face ao PS. Temos este desafio de, a 9 de junho, garantir que os jovens continuam a preferir votar neste caminho seguro, neste caminho certo”, apelou.
Numa das suas últimas intervenções em iniciativas partidárias enquanto líder da JSD — será escolhido o novo presidente da “jota” do PSD em julho —, Alexandre Poço disse ainda esperar que a economia portuguesa tenha capacidade de absorver os fundos europeus, sem ficar totalmente dependentes deles.
“Que consiga usar os fundos europeus para se desenvolver e que os fundos europeus não sejam no século XXI o que foi, por exemplo, o ouro do Brasil no século XVIII”, apelou.
Pelo CDS-PP, o secretário-geral Pedro Morais Soares fez igualmente um alerta contra os populismos e a desinformação.
“Os populistas exploram sentimentos das pessoas, fazem números mediáticos, aproveitam-se da opinião pública e das emoções”, afirmou, contrapondo com “o projeto sério” que representa a AD nas próximas europeias.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, deixou uma mensagem em vídeo aos jovens participantes da Universidade Europa, apelando a que votem nas próximas eleições e “acreditem no projeto europeu“.
“Numa semana em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, iniciativas como a Universidade Europa são oportunidades para celebrar a democracia”, referiu.
Nas últimas eleições europeias, em junho de 2019, o PSD concorreu sozinho e teve o seu pior resultado de sempre, menos de 22% dos votos, e elegeu seis eurodeputados.
A Universidade Europa é, a par da Universidade de Verão, que decorre no final de agosto em Castelo de Vide (Portalegre) uma das duas iniciativas anuais do PSD centradas na formação política de jovens.