Depois de ter anunciado a decisão de quebrar o acordo de coligação entre o Partido Nacional Escocês e o partido Verdes devido ao acordo relativo às emissões de dióxido de carbono, Humza Yousaf, o primeiro-ministro da Escócia vai enfrentar o voto de censura da oposição e avançar com a formação de um governo minoritário.
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Em declarações à Sky News esta sexta-feira, o líder do Partido Nacional Escocês afirmou estar “muito confiante” de que conseguirá vencer a moção de censura apresentado pelo Partido Conservador.
Por agora, a posição do primeiro-ministro depende da votação, já que todos os partidos, incluindo aqueles que foram parceiros de coligação, têm dito que iam votar contra. Perspetiva-se que Conservadores, Trabalhistas, Verdes e Democratas Liberais votem a favor da moção de censura, o que se traduz em 64 votos contra Yousaf e 63 a favor. Deste modo, o voto do Partido Alba — que tem um deputado —, pode ser fundamental.
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Caso a moção de censura seja aprovada, Humza Yousaf tem 28 dias para indicar um novo primeiro-ministro, a fim de evitar novas eleições.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro anunciou o fim da coligação do seu partido com os ecologistas, depois de ter desistido de um compromisso fundamental para manter a ligação, relacionado com a redução da emissão de dióxido de carbono.”Acredito que é do interesse do povo escocês procurar um acordo diferente”, justificou Humza Yousaf a propósito da revisão em baixa da redução de emissões de CO2.
O Parlamento escocês é composto por 129 deputados, sendo que o Partido Nacional Escocês ocupa 63 lugares, estando a apenas dois da maioria absoluta, que outrora era possível devido ao acordo com os Verdes (7 deputados). Os conservadores possuem 31 legisladores, os trabalhistas 22, o Alba um e o último lugar é ocupado por Alison Johnstone, a presidente do Parlamento.