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O líder do Partido Democrata na Câmara dos Representantes (a câmara baixa do Congresso dos EUA) admite que há uma “probabilidade significativa” de soldados norte-americanos serem enviados para lutar na Ucrânia. Esse cenário torna-se provável, na leitura de Hakeem Jeffries, se Kiev começar a perder a guerra contra a Rússia.
“Não podemos deixar a Ucrânia cair. Porque se cair, então, há uma probabilidade significativa de que os EUA tenham de entrar no conflito – não apenas com o nosso dinheiro mas, também, com os nossos homens e mulheres do exército”, afirmou Jeffries no programa 60 Minutes, da CBS.
O Congresso norte-americano aprovou recentemente um pacote de assistência militar e humanitária no valor de 61 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros). Essa aprovação surgiu depois de vários meses de disputa parlamentar entre republicanos e democratas – um processo difícil pelo qual Jeffries responsabiliza uma fação “pró-Putin” do Congresso.
Há uma fação pró-Putin, que é crescente, no Partido Republicano, que não quer apoiar a Ucrânia e que, por alguma razão, acredita que a Rússia não é um inimigo dos EUA”, afirma Hakeem Jeffries.
Quem lidera essa “fação”, acrescenta o líder democrata, é a republicana Marjorie Taylor Greene.
O comentário do norte-americano surge depois de, na última quinta-feira, Emmanuel Macron ter admitido a possibilidade de serem enviadas tropas para a Ucrânia. Para o Presidente francês, essa possibilidade poderia “legitimamente” ser colocada se a Rússia começar a desenhar uma vitória na guerra e, também, se Kiev pedir essa ajuda aos países aliados.