O grupo de extrema-direita 1143 negou esta segunda-feira que os suspeitos de terem agredido imigrantes na cidade do Porto pertençam à organização. Num áudio publicado na rede social Telegram, Mário Machado garante que foram ouvidos membros do grupo, que é composto por “cerca de três mil” pessoas, e que ninguém esteve envolvido no caso.

“Ao escutar as pessoas, principalmente da região norte, não tivemos nenhum retorno, nenhum feedback, se quiserem, de que alguém tenha participado neste tipo de evento. Até à data, até agora, não temos qualquer tipo de informação sobre isso, nem informação privilegiada, nem nada“, afirmou.

“Se foi alguém ou se teve uma, duas, três pessoas que se identificam com o 1743 envolvidas o 1743, como é óbvio, não tem nada a ver com isso, tal como não tem o PSD quando existe um membro do PSD que faz um disparate qualquer”, exemplificou.

Mário Machado disse ainda que vão aguardar por mais informações sobre o caso, mas desvalorizou o caso. “Vamos aguardar pacientemente. Não é algo que nos incomode muito, porque agressões como estas acontecem todos os dias contra portugueses um pouco por todo o país. Nós não vemos ninguém preocupado com isso. Existem milhares de portugueses que são vítimas de imigrantes”, acrescentou.

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No domingo, o Observador apurou junto de fontes da PSP que as autoridades suspeitavam do envolvimento nos ataques do grupo de extrema-direita 1143, formado em 2003 e que ficou conhecido mediatamente por ser associado a Mário Machado.

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Os ataques aconteceram na sexta-feira à noite no centro do Porto, depois de um grupo de seis homens encapuçados, munidos de bastões e facas, ter invadido uma casa onde vivia uma dezena de imigrantes argelinos e venezuelanos. Os seis homens já foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal.

Este não foi o único incidente. Na via pública, a PSP registou outros dois ataques dirigidos a cidadãos de origem magrebina, que poderão ter sido cometidos pelo mesmo grupo.

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