Uma receção digna de um chefe de estado, jogos de polo, visitas a escolas, encontros no feminino e ainda um conjunto de acessórios que evoca outras viagens a este mesmo destino, há mais de 30 anos. É raro vê-los juntos fora dos EUA, mas ao longo de três dias, ou 72 horas, o príncipe Harry e Meghan Markle desdobraram-se em eventos em solo nigeriano e, como habitual, impõe-se a revisão da “tourdrobe”, uma visita paralela que se conta em peças de roupa e complementos para a pequena grande história, como mostra a fotogaleria em cima.
O casal cumpriu uma visita que arrancou na sexta-feira passada, na capital Abuja, a convite da mais alta patente militar daquele país da África Ocidental, no âmbito dos festejos do 10.º aniversário dos Jogos Invictus, causa que o filho mas novo do Rei Carlos III abraça há vários anos. A efeméride começou a ser assinalada em Londres na semana passada, para onde Harry viajou sozinho. Numa decisão que também não escapou aos olhares atentos dos seguidores/detratores, Meghan optou por juntar-se mais tarde ao príncipe, encontrando-se com este no aeroporto de Heathrow, de onde rumaram à cidade de Lagos. Ficou assim completamente arredada qualquer hipótese de reencontro familiar em solo britânico.
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Curiosamente, não faltaram alusões ao clã durante o périplo africano dos Sussex, detalhes que viajaram na bagagem junto com o guarda-roupa de Markle. Foi com um maxi vestido de seda em tom de pêssego que Meghan encetou a ronda de compromissos na agenda. Para a visita à Lightway Academy, completou a criação da marca californiana Heidi Merrick, com as costas a descoberto, com elementos clássicos de joalharia (e ainda um escultural colar que avivou a presença no país anfitrião). A Cartier relevou-se tanto na pulseira Love como no icónico relógio de ouro Tank Française que usou no pulso, que pertencia a Diana, a princesa de Gales, e que Harry ofereceu à mulher. Uma associação que não será fortuita. Corria 1990 quando os então príncipes de Gales, Carlos e Diana, fizeram a sua primeira visita real à Nigéria, com a designer Catherine Walker a rubricar então as principais escolhas de moda da protagonista daquela época.
De volta a maio de 2024, para os mais atentos, escrutinadores de irónicas coincidências (ou decisões deliberadas), o pormenor mais delicioso é o nome do modelo do vestido usado por Markle: The Windsor, numa inesperada relação com o apelido da família real, com quem o par tem mantido uma relação agridoce nos anos mais recentes, desde o famigerado Megxit e a mudança para os EUA. De resto, se o casal não terá guardado grandes saudades da agitada agenda pública enquanto membros séniores da família real britânica, há quem note que esta tour teve muito de “royal”, a começar nos figurinos escolhidos a dedo — aparentemente pela própria Meghan, que ao que tudo indica tem dispensada stylist.
Ainda no primeiro dia, Meghan recorreu a uma clássico fato branco Altuzarra para se encontrar com o general Christopher Gwabin Musa, em Abuja. Num gesto de reciclagem, resgatou do fundo do armário este conjunto que usara já em 2018, lembra o The Telegraph.
No segundo dia na Nigéria, os Sussex começaram a manhã de sábado a assistir a um jogo de volley. De sandálias rasas, Meghan voltou a confiar nos maxi vestidos descontraídos, agora numa versão de alças estampada com motivo de palmeiras. Se Harry surgiu com um desportivo polo dos Invictus, a escolha de Markle recaiu sobre a colombiana Johanna Ortiz. De tarde, novo compromisso na agenda e renovado pretexto para alterar o look. Para um encontro sobre liderança no feminino, para o qual foi convidada na condição de oradora, a mulher do príncipe retomou uma fórmula que lhe é característica: preferiu um designer local para marcar a ocasião. Neste caso a honra coube a Oríré, que assina o vibrante vestido encarnado com folho.
“Foi um turbilhão de 24 horas desde que chegámos, e rapidamente percebi o recado de que preciso usar mais cor, para que me possa me enturmar convosco e com a vossa moda incrível!”, disse Meghan ao público, justificando a pausa temporária no seu habitual guarda-roupa minimalista e feito de tons suaves. Quando questionada sobre como se sentiu depois de descobrir que é 43% nigeriana, através de um teste genealógico, cita o Daily Mail, Meghan disse que a primeira coisa que fez foi “ligar para a minha mãe, porque eu queria saber se ela tinha alguma consciência disso”.
O dia não ficou completo sem uma escala na Nigeria Unconquered, uma instituição de caridade dedicada a ajudar militares feridos, feridos ou doentes que trabalha em colaboração com a Invictus Games Foundation. Meghan trocou o encarnado pelo branco, agora com um modelo tubo da marca australiana St Agni, até aos pés, com decote cai cai. Segundo o PageSix, o pendente com uma cruz usado por Meghan também pertencia à coleção pessoal da sogra.
Para a terceira e última jornada, já em Lagos, o grande destaque foi para a saia tradicional nigeriana da Regalia by Fal que ofereceram à duquesa na véspera. Markle conjugou a peça traçada em tons azuis com uma clássica camisa branca Carolina Herrera. A poucas horas da despedida, o casal assistiu a uma demonstração de basquetebol na escola Ilupeju, onde tiveram direito a uma receção de peso. Recebidos pelo governador Babajide Sanwo-Olu, Meghan recebeu da mulher deste um acessório tradicional com riscas verdes e amarelas, que colocou sobre o longo vestido amarelo, de novo com etiqueta Carolina Herrera, e ainda os brincos Jennifer Meyer. Não foi a primeira vez que Markle usou esta peça. A People recorda pelo menos dois momentos que fazem a ponte com os filhos do casal (que ficaram nos EUA): a duquesa usou o mesmo vestido amarelo no primeiro aniversário de Archie, e também para a imagem com que a anunciou a sua segunda gravidez, de Lilibet.
Por fim, um vestido drapeado em tons nude, com decote em V, de novo Johanna Ortiz foi o eleito para a receção que se seguiu ao jogo de polo a que os Sussex assistiram, no Ikoyi Polo Club, também na capital do país. A rematar, sandálias Burberry e óculos de sol Heidi Merrick.