O presidente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e o presidente do Sintap/Açores apelaram esta segunda-feira à solidariedade do Governo da República para uma rápida reconstrução do hospital de Ponta Delgada, afetado por um incêndio.

“Apelamos ao Governo Regional e ao governo nacional no sentido de equacionar todas as formas possíveis para que o hospital seja reabilitado tão rápido quanto necessário”, afirmou o presidente da Fesap, José Abraão, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

No dia 3 de maio, um incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, que deflagrou pelas 09h40 locais e só foi declarado extinto às 16h11, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

Incêndio no Hospital de Ponta Delgada dado como “extinto”. Cerca de 300 doentes foram transferidos e nove bombeiros ficaram feridos

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Governo Regional declarou, no dia seguinte, a situação de calamidade pública para “acelerar procedimentos” que permitam normalizar num “curto espaço de tempo”, a atividade da maior unidade de saúde açoriana.

O presidente da Fesap manifestou solidariedade com os trabalhadores do hospital e com todos os açorianos.

Apelou também ao Governo Regional para que mantenha “todos os postos de trabalho” da unidade hospitalar, incluindo dos funcionários a contrato.

Também o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap) nos Açores, Francisco Pimentel, apelou à “solidariedade da República, mas também da União Europeia”, para que o HDES possa voltar a “prestar um serviço fundamental para a saúde das populações dos Açores”.

“É preciso reconstruir rapidamente e reabilitar o hospital, que é um hospital de fim de linha, de último recurso para o Serviço Regional de Saúde”, frisou.

Uma semana antes da votação do Plano e Orçamento dos Açores para 2024, Francisco Pimentel insistiu na necessidade de o documento ser aprovado, para que os funcionários da administração pública regional possam ter acesso à aceleração da progressão na carreira e ao aumento da remuneração complementar.

“É preciso não esquecer que estamos em maio e esperemos é que isto seja aprovado. Fazemos um apelo aos partidos com assento na Assembleia Legislativa para que votem estas duas normas”, vincou.

As duas medidas constavam das anteriores propostas de Plano e Orçamento para 2024, apresentadas pela coligação PSD/CDS-PP/PPM e rejeitadas em novembro de 2023, com os votos contra de PS, BE e IL e a abstenção de Chega e PAN.

O novo executivo PSD/CDS-PP/PPM, que tomou posse em março, voltou a incluir as duas reivindicações nas propostas de Plano e Orçamento, mas continua a não ter uma maioria no parlamento açoriano que garanta a sua aprovação.