A operação “Bilhete Dourado” resultou na constituição de 13 arguidos, na apreensão de cerca de 3.000 ingressos, 44.400 euros, documentação, material informático e de telecomunicações e uma tocha, refere esta segunda-feira a Polícia de Segurança Pública (PSP), em comunicado.

Em causa está a operação policial desencadeada no domingo no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), do Porto, relacionada com a bilhética do FC Porto e a claque Super Dragões.

A investigação visou a “apreensão de meios de prova da consumação dos crimes de distribuição e venda de títulos de ingresso falsos ou irregulares”, “distribuição e venda irregular de títulos de ingresso”, “assim como o crime de abuso de confiança qualificado”, adianta o comunicado.

“A operação contemplou a realização de 14 buscas domiciliárias e quatro não domiciliárias, nas áreas do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia”, adianta a PSP.

No decorrer da operação da Divisão de Investigação Criminar da PSP, com o apoio da Unidade Especial de Policia (UEP), foram identificados e constituídos 13 arguidos (oito homens e cinco mulheres), no âmbito dos ilícitos em investigação.

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A operação “Bilhete Dourado” resultou ainda na apreensão de cerca de 3.000 ingressos, a quantia de 44.400 euros, diversa documentação relacionada com os ilícitos em causa, material informático e de telecomunicações e um artefacto pirotécnico, vulgo tocha.

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A ação “Bilhete Dourado” teve origem em certidão extraída do inquérito que levou à operação “Pretoriano”, e que visou a execução de 14 mandados de busca domiciliária e quatro mandados de busca não domiciliária.

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Em causa está a suspeita de um esquema criminoso, relacionado com a distribuição e venda da bilhética associada ao FC Porto, envolvendo funcionários do clube e de vários elementos que integram uma das suas claques.

Foi recolhida prova da suspeita de crimes de distribuição e venda de títulos de ingresso falsos ou irregulares e distribuição e venda irregulares de títulos de ingresso previstos na lei.

O MP suspeita de conluio entre funcionários ligados ao FC Porto e uma empresa associada e membros dos Super Dragões na aquisição de bilhetes para jogos de futebol depois vendidos no ‘mercado negro’, que levaram às buscas realizadas no domingo.