O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, que termina esta terça-feira uma visita à Alemanha, aponta a necessidade de aumentar o número de alunos do Ensino Português no Estrangeiro (EPE) como uma das prioridades.

Na primeira visita ao país desde que assumiu a pasta das comunidades portuguesas, o governante visitou Dusseldorf para “lançar as bases” para o trabalho dos próximos meses, distribuir apoios às associações, “acertar medidas concretas no domínio do aconselhamento social”, e acertar as necessidades de “explorar” as bolsas de alunos que não estão cobertas.

José Cesário, que é secretário de Estado das Comunidades Portuguesas pela quarta vez, admite: “há coisas em que estamos melhor, e outras em que estamos pior”.

“Estamos pior nas questões do ensino da língua portuguesa em que temos cerca de menos mil alunos do que tínhamos há oito ou nove anos. Nesse aspeto, regrediu-se claramente. Também se encontra uma dificuldade grande das pessoas, sobretudo os mais velhos, de acederem aos meios tecnológicos e dessa forma de acederem aos serviços consulares”, disse, em declarações à agência Lusa.

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“Há outras áreas em que se deram passos positivos, como a área social”, referiu, anunciando que o Governo irá avançar com “jornadas de esclarecimento relativamente aos direitos sociais”.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas acrescentou que o “ponto alto” da visita de dois dias a Dusseldorf foi um encontro com dirigentes associativos da região da Renânia do Norte-Vestefália, que concentra um grande número de portugueses.

“Estão todos muito mobilizados para trabalhar connosco (…) Transmitimos-lhes também o grande empenhamento que temos em apoiar as suas atividades e foram assinados contratos para um conjunto apoios muito significativos que, nesta área da Alemanha, andam em torno dos 50 mil euros e que são fundamentais para as atividades das respetivas associações”, esclareceu.

O funcionamento dos postos consulares é outra das prioridades que vai trazer “nos próximos meses” José Cesário à Alemanha.

“Terei de cá voltar, nomeadamente à área de Estugarda, de Hamburgo, de Berlim, são áreas importantes que tenho de avaliar. Sei que há uma área da Alemanha que está mal coberta, que é a área de Munique, onde temos sobretudo jovens emigrantes que para ali foram. Temos de perceber como podemos cobrir melhor essa zona”, sublinhou.

O governante disse que, “se possível”, irá aumentar o ritmo das permanências consulares.

A agenda incluiu uma reunião com os conselheiros das comunidades portuguesas eleitos pelo círculo eleitoral Dusseldorf-Hamburgo-Berlim, uma visita à Associação Portuguesa de Solingen e uma visita à exposição dos 60 anos da comunidade portuguesa na Alemanha.