O ano de 2020 foi atípico a todos os níveis. Uma pandemia assolou o planeta, obrigando todo o planeta a interromper as suas atividades no exterior e a isolar-se em casa. E, como não podia deixar de ser, o futebol não foi exceção. A bola deixou de rolar nos relvados e nos pelados espalhados pelo globo, todos os Campeonatos foram interrompidos e os calendários das competições tiveram de ser reconfigurados.

Alheio a isso, Robert Lewandowski continuou a proliferar no futebol alemão e terminou a época 2019/20 com 55 golos e nove assistências em 47 partidas, conquistando a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia, a Bundesliga, a Taça da Alemanha e a Supertaça alemã. Perante os números avassaladores daquela que foi a melhor temporada da sua carreira, o avançado polaco partia como favorito à conquista da Bola de Ouro. Porém, o revés chegou, e o prémio entregue pela France Football viria a ser cancelado devido à Covid-19.

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Deste modo, a Bola de Ouro não teve qualquer vencedor pela primeira vez desde 1954, ano em que o prémio começou a ser entregue. Ainda assim, quatro anos depois, tudo pode mudar e a revista garante que está a estudar a hipótese de refazer a história do prémio. “Acreditamos que um ano tão único não pode e não deve ser tratado como normal”, partilhou a France Football, citada pelo jornal espanhol Sport.

Apesar de a entrega do prémio de 2020 ser benéfica para todas as partes e coroar uma temporada fenomenal de Lewandowski, a principal razão para se refazer, em 2024, a história da Bola de Ouro não se prende com o internacional polaco, mas sim com Messi. O argentino recebeu o troféu no ano seguinte, tendo ficado à frente do então jogador do Bayern, mas uma investigação aberta há alguns meses em França aponta para uma alegada pressão exercida pelo PSG – clube de Messi na altura – perante a revista, de modo a favorecer o argentino.

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Caso se comprove o envolvimento do clube parisiense na escolha de Messi naquele ano, a France Football teme que isso possa prejudicar o prestígio da Bola de Ouro. Por isso, a solução passa por entregar o prémio do ano anterior a Lewandowski, repondo a justiça e mantendo a sua reputação.

De recordar que, ao contrário da Bola de Ouro, a cerimónia da FIFA realizou-se em 2020 e Lewandowski recebeu o prémio The Best, entregue ao melhor jogador do mundo, terminando à frente de Cristiano Ronaldo e Messi. No ano seguinte, o polaco repetiu a distinção entregue pela entidade que tutela o futebol mundial.

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