As águas que alagam parte de Porto Alegre, capital regional do Rio Grande do Sul, começaram a baixar duas semanas após o início das chuvas que provocaram enchentes sem precedentes e causaram pelo menos 155 mortes no sul do Brasil.
Segundo a Defesa Civil local, o nível do rio Guaíba desceu esta sexta-feira para os 4,70 metros, depois de ter atingido picos de 5,30 metros, mas continua bem acima do nível de cheia, que é de três metros.
A tragédia climática que afetou todo o sul do Brasil causou até agora 155 mortes, sendo que 154 óbitos ocorreram no Rio Grande do Sul e uma morte foi registada no estado de Santa Catarina.
Mais de 150 mortos e 600 mil desalojados nas cheias do sul do Brasil
As autoridades locais confirmam que há ainda 98 desaparecidos e mais de 600 mil deslocados.
Segundo o último relatório da Defesa Civil, a chuva causou até agora quase 2,2 milhões de vítimas e estragos em 461 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul.
Atualmente, 78.165 pessoas estão em abrigos temporários montados devido à catástrofe provocada pelas chuvas que começaram a cair com força no fim de abril e cuja grande intensidade está ligada às alterações climáticas, segundo especialistas em meteorologia.
Desde o início das enchentes, 82.666 pessoas e quase 12 mil animais foram resgatados pelas autoridades brasileiras.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, novas medidas visando as pessoas afetadas pelas enchentes.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, criou um ministério extraordinário para coordenar a reconstrução da região, onde 90% dos municípios foram afetados em maior ou menor grau por chuvas torrenciais e inundações e anunciou vários pacotes de ajuda financeira, incluindo subsídios diretos, empréstimos a taxas vantajosas e adiamento do pagamento de dívidas do Rio Grande do Sul ao Governo central.