O coletivo Coimbra pela Palestina denunciou este sábado uma agressão, por parte de um grupo de turistas russos residentes em Israel, a ativistas que se manifestavam na sexta-feira na cidade.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o grupo, que desde 3 de maio se tem manifestado no Largo D. Dinis, com mensagens de solidariedade e símbolos palestinianos, afirma ter sido alvo de “ameaças de morte, pontapés e discurso de ódio”.
Segundo o relatado, os turistas, cerca de 30, entre os 60 e os 70 anos e acompanhados de um guia, passaram pela iniciativa a que chamam “Assentada” e, depois de se aproximarem e terem cuspido nos materiais pró-Palestina, terão rasgado uma das bandeiras e começado a pontapear e a ameaçar de morte quem participava na manifestação.
Na mesma nota, o grupo Coimbra Palestina acrescentou que os turistas “intimidaram violentamente uma das ativistas, que é uma mulher, menor e racializada”, chamando-lhe fascista, macaca e recomendando-lhe que “voltasse para África”.
A polícia foi chamada ao local e o coletivo garante que pelo menos quatro agressores foram identificados. “No final, as autoridades procuraram esclarecer que este processo não irá ter repercussões legais para os ofensores, pelo facto de serem turistas e este caráter internacional dificultar burocraticamente as medidas previstas na lei”, frisou o grupo, em comunicado.
Os ativistas manifestaram este sábado repúdio pela “agressão racista e xenófoba”. “O coletivo Coimbra pela Palestina demonstra o seu profundo repúdio e intolerância na sequência dos eventos de violência racista e xenófoba por parte de sionistas, na Assentada de dia 17 de maio, e contra toda a repressão que se impõe sobre as vozes pró-Palestina no mundo”, transmitiu, na mesma nota.