O cabeça de lista para as eleições europeias do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) anunciou, esta quarta-feira, que abandona a direção da força política e as ações de campanha após polémicas declarações sobre a organização nazi SS.
Numa recente entrevista ao diário italiano La Repubblica, Maximilian Krah considerou ser “errado” afirmar que todos os membros das Schutzstaffel (SS, organização paramilitar ligada ao regime nazi liderado por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial) eram “criminosos”.
A polémica motivada por estas declarações implicou que Krah anunciasse, através do seu gabinete de advogados, a decisão de renunciar à direção do partido e abster-se de participar na campanha eleitoral. “Vou abster-me de novas comparências na campanha eleitoral com efeito imediato e vou demitir-me de membro do comité executivo federal”, indicou o político num texto divulgado pelos meios de comunicação alemães esta quarta-feira.
Declarações sobre nazis levam partido de Le Pen a romper com aliados alemães no Parlamento Europeu
Na sequência das declarações de Krah ao La Repubblica, os partidos de direita radical União Nacional (França), de Marine Le Pen, e a Liga, do vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, distanciaram-se da AfD. Na terça-feira, Jordan Bardella, presidente do União Nacional e cabeça de lista às eleições europeias, decidiu “deixar de se sentar” com os alemães da AfD no Parlamento Europeu, decisão igualmente seguida pela Liga.
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Na atual composição do Parlamento Europeu, a AfD integrou o grupo parlamentar Identidade e Democracia, que também incluía o RN e a Liga.
As eleições para o Parlamento Europeu decorrem entre 6 e 9 de junho nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).