A campanha é europeia, mas isso não impedirá Pedro Nuno Santos de estar envolvido ao máximo na volta pelo país que Marta Temido e os restantes candidatos a eurodeputados se preparam para fazer. Isto porque o plano do secretário-geral está definido e é claro: Pedro Nuno Santos planeia participar de forma “intensa” e “permanente” na campanha do PS para as eleições europeias.

Num encontro com os jornalistas que vão acompanhar a caravana socialista, o secretário para a organização do partido, Pedro Vaz, explicou que o líder socialista “vai estar intensamente” na campanha, estando até em cima da mesa que participe em ações de forma diária, mesmo que isso não signifique que acompanhe a caravana durante todo o dia.

Este será mais um sinal do peso que o PS está a atribuir a estas eleições, e das leituras nacionais que acredita que daí surgirão, depois de na apresentação do manifesto eleitoral do PS o próprio Pedro Nuno Santos ter anunciado para a plateia que o partido ambiciona “ganhar na Europa” para “logo a seguir ganhar Portugal”.

Pedro Nuno aposta tudo nas europeias para ganhar legislativas. PS desvaloriza riscos

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Além de Pedro Nuno Santos, é esperada a presença de ex-líderes do PS numa campanha em que os responsáveis do partido garantem que os socialistas estão “todos mobilizados” e em que haverá “grande envolvimento de figuras do partido”, nomeadamente alguns dos antigos eurodeputados. Virão também a iniciativas do PS candidatos da sua família política europeia, incluindo Nicolas Schmit, para a presidência da Comissão Europeia.

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Neste encontro, o diretor de campanha, Pedro Espírito Santo, levantou ainda o véu sobre a mensagem que o PS quererá levar aos eleitores, com muito enfoque nas soluções que podem ser encontradas a nível europeu para problemas concretos que os portugueses sentem na pele. Haverá assim uma “preocupação com a conexão entre os temas europeus e nacionais”, numa “lógica de Europa da proximidade”, que “pode e deve ajudar a resolver os problemas na vida dos portugueses”.

E aproveitou para lançar uma farpa à direita quando lembrou as propostas do PS para a Habitação, tendo em conta que o PSD quer agora inscrever o direito à Habitação na carta dos direitos fundamentais da UE: “Sempre considerámos que tinha uma dimensão europeia, outros partidos criticavam” e agora seguem a mesma linha, ainda que “a nível proclamatório”, atirou.

Para a direita, reservou ainda uma crítica que fará parte do discurso do PS durante toda a campanha: os socialistas quererão marcar um “contraste” em relação a “qualquer resposta populista” ou “aliança e cumplicidade” ou complacência com essas respostas — uma complacência que vê na “direita dita tradicional e moderada, embora cada vez menos”. Para a campanha que Marta Temido liderará, o PS promete focar-se sobretudo nos temas dos jovens, da habitação e do emprego.