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As forças de Israel voltaram a atacar Rafah, no sul da Faixa de Gaza, com artilharia e aviação de combate, apesar da condenação internacional após o bombardeamento de um campo de deslocados palestiniano, no domingo.
Correspondentes da Agência France Presse (AFP) em Rafah e várias testemunhas relataram esta terça-feira ataques aéreos e fogo de artilharia no centro e oeste da cidade do enclave que faz fronteira com o Egito.
Não dormimos toda a noite porque houve bombardeamentos por todo o lado, incluindo fogo de artilharia e bombardeamentos aéreos”, disse à AFP Faten Jouda, uma mulher de 30 anos que vive no bairro de Tal Al-Sultan, no noroeste de Rafah, onde ocorreu o ataque de domingo.
“Foi assustador. Toda a gente continuava a fugir. Nós também nos vamos embora, tememos pelas nossas vidas“, acrescentou.
Uma mulher foi morta num bombardeamento contra um edifício, segundo um médico do hospital dos Emirados em Rafah.
Um correspondente da AFP relatou também bombardeamentos e troca de tiros em vários bairros da cidade de Gaza, no norte do território, nas últimas horas, onde um ataque a uma casa fez três mortos e vários feridos.
De acordo com as autoridades palestinianas, os bombardeamentos israelitas contra o campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, causaram no domingo, pelo menos, 50 mortos.
O ataque israelita ocorreu horas depois de oito foguetes de artilharia terem sido disparados contra Telavive a partir de Rafah.
Estes ataques ocorrem no dia em três países europeus reconhecem formalmente o Estado da Palestina: Espanha, Noruega e Irlanda.