Um agente da polícia alemã de 29 anos morreu, no domingo, devido aos ferimentos provocados por um ataque com faca que deixou outras cinco pessoas feridas na praça central da cidade de Mannheim.

Na sexta-feira, um homem atacou, com recurso a arma branca, várias pessoas que participavam numa manifestação de extrema-direita, na cidade de Mannheim, no sudoeste da Alemanha. O agressor foi travado por um agente policial, que disparou contra ele, causando-lhe ferimentos.

O agente que morreu foi esfaqueado várias vezes na cabeça e no pescoço por um imigrante de 25 anos do Afeganistão e foi submetido a uma cirurgia de emergência após o ataque. Foi colocado em coma induzido, mas sucumbiu aos ferimentos no domingo.

Ataque com faca na Alemanha em manifestação de extrema-direita causa três feridos

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No X, o chanceler alemão Olaf Scholz disse estar “profundamente triste” após ter conhecido a notícia, saudando o “compromisso do agente com a segurança” daquela comunidade.

Frisando que “o agente da polícia que foi morto em Mannheim estava a defender o direito de todos dizerem o que pensam”, Scholz avisou no X:.”Se os extremistas querem restringir violentamente estes direitos, precisam de saber: nós somos os seus adversários mais duros. Iremos atuar com todos os meios ao nosso alcance no âmbito do Estado de Direito”.

Autoridades alemãs vêem motivo extremista islâmico no ataque com faca em Mannheim

De acordo com a Associated Press, as autoridades alemãs afirmam ter descoberto indícios de motivo extremista islâmico no ataque com faca ocorrido na cidade de Mannheim, no sudoeste da Alemanha, que provocou a morte a um polícia.

O ministro da Justiça alemão, Marco Buschmann, utilizou a rede social X para dizer que “há agora indícios claros de um motivo islâmico” para o ataque. “O Islão pertence à Alemanha, mas o islamismo não”, afirmou. Os procuradores federais, responsáveis pelos casos de terrorismo e segurança nacional, assumiram investigação.

De acordo com os investigadores, o suspeito, um afegão de 25 anos que vive na Alemanha desde 2014 e cujo pedido de asilo foi rejeitado, esfaqueou vários membros de um grupo político que se descreve como opositor do “Islão político”.