A leste, os partidos que estão no poder conseguiram ganhar as eleições europeias na Polónia, Hungria, Roménia e Bulgária, o que significa uma vitória também para o Partido Popular Europeu (PPE) que representa as forças de centro-direita. Mas há também um crescimento expressivo dos partidos de extrema-direita, com alguns deles a eleger pela primeira deputados ao Parlamento Europeu.

Polónia. Novo partido à direita elege deputados

O partido do primeiro-ministro polaco deve vencer as eleições europeias, segundo as sondagens realizadas à boca das urnas. Donald Tusk, que foi presidente do Conselho Europeu antes de assumir a liderança do governo polaco, fez do tema central da sua campanha a escolha entre um futuro seguro para o país que faz fronteira com a Ucrânia e a Bielorrússia e um caminho mais perigoso caso vencessem os nacionalistas do PiS (Lei e Justiça).

A sondagem realizada pela empresa Ipsos dá 38,2% à Plataforma Cívica, à frente do PiS, que terá tido 33,9%, em resultado do aparecimento de um concorrente ainda mais à direita. O Confederação (Kon) deverá ficar em terceiro lugar com quase 12%, o que lhe garante seis deputados. Abaixo, e segundo a mesma sondagem, ficaram o TD/PSL, também do centro-direita, e o Lewica, de centro esquerda.

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Hungria. Rival de Orbán é segundo

Na Hungria, onde se registou uma taxa de participação histórica nestas eleições europeias, as sondagens apontam para uma surpresa que pode abalar o Fidesz. Apesar do partido de Viktor Orbán ter conseguido a vitória com 44%, o seu novo rival — Péter Magyar — terá obtido 32% das intenções de voto. Magyar foi casado com a ministra da justiça húngara, mas afastou-se dela e do partido de Orbán, denunciou uma série de casos de corrupção e ganhou protagonismo numa manifestação onde pediu a demissão do primeiro-ministro a quem apelidou de “líder da Máfia”.

“Estamos a ser governados por uma máfia”. O novo rival de Orbán que quer construir “uma nova Hungria”

O agora opositor de Orbán move-se nas águas do centro-direita e foi convidado a entrar no Partido Popular Europeu (do qual o Fidesz foi expulso em 2021). Em terceiro, fica uma coligação de partidos de esquerda com 8% das intenções de votos e em quarto o partido Nossa Pátria (de extrema-direita) com 7%.

Roménia. Extrema-direita consegue eleger

Os dois partidos no poder na Roménia são os grandes vencedores destas eleições, indicam as primeiras sondagens à boca das urnas e os primeiros resultados provisórios.

Segundo os jornais locais, o Bloco Central romeno, que une o Partido Social Democrata (de centro-esquerda) e o Partido Nacional Liberal (de centro-direita) conseguiram 53%. Em segundo lugar surge a Aliança para a União do Romenos (AUR), de extrema-direita, com 16%. Se estes resultados se confirmarem, a AUR entra pela primeira vez no Parlamento Europeu.

Bulgária. Partido pró-russo em terceiro lugar

As primeiras sondagens à boca das urnas na Bulgária dão a vitória ao GERB centro-direita, atualmente à frente do governo do país, com uma percentagem de 25,8%. Em segundo lugar está outro partido da família do PPE (centro direita), o PP/DB-RE com 15,9%.

Mas a grande surpresa virá do novo partido nacionalista e pró-russo Renascimento, que ficou em terceiro lugar, com quase 15%, que deverá eleger três eurodeputados, o mesmo número que os liberais DPS. O BSP de centro-esquerda e o ITN de direita radical devem eleger um deputado, cada um.