O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, e o vice-primeiro-ministro da Nova Zelândia, Winston Peters, defenderam esta quarta-feira a reforma do Conselho de Segurança da ONU e reafirmaram o compromisso em reforçar a cooperação.

Como pequenos estados, a nossa força reside na unidade e no compromisso compartilhado de garantir que as nossas instituições multilaterais sejam mais representativas e, assim, bem equipadas para manter a paz global”, afirmou o chefe de Estado timorense, numa declaração conjunta divulgada à imprensa, após um encontro com Winston Peters na Presidência timorense.

Timor-Leste e a Nova Zelândia defendem um Conselho de Segurança mais representativo e são contra o “uso do veto”.

Temos demonstrado, repetidamente, que pequenos Estados como os nossos podem desempenhar um papel valioso na ajuda para enfrentar os desafios coletivos que a comunidade internacional enfrenta, incluindo questões de paz e segurança”, afirmou o vice-primeiro-ministro da Nova Zelândia.

Winston Peters iniciou esta quarta-feira uma visita a Díli, que termina quinta-feira, com um encontro com o chefe da diplomacia timorense, seguindo depois para um encontro com o Presidente, José Ramos-Horta.

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Além da questão do Conselho de Segurança da ONU, José Ramos-Horta e Winston Peters discutiram também questões regionais e globais, nomeadamente Myanmar (antiga Birmânia) e o Mar do Sul da China, tendo destacado a necessidade de respeito pelo direito internacional e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

O chefe de Estado timorense e o vice-primeiro-ministro da Nova Zelândia debateram também o conflito na Faixa de Gaza, tendo apelado para “um cessar-fogo imediato”, e a situação na Ucrânia, reiterando o apoio a uma “paz abrangente“.

“Timor-Leste e a Nova Zelândia continuarão a trabalhar juntos no apoio a instituições multilaterais eficazes, que sejam adequadas aos nossos propósitos e que apoiem as nossas necessidades globais”, salienta-se na declaração conjunta.